Na Mídia

Tilápia conquista mercado

Segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos do Wal-Mart Brasil, controlador da Rede Bompreço, Wilson Mello Neto, o quilo do peixe será comercializado por R$17,98 e R$6,39, filé e inteiro, respectivamente,

15 de junho de 2005

Segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos do Wal-Mart Brasil, controlador da Rede Bompreço, Wilson Mello Neto, o quilo do peixe será comercializado por R$17,98 e R$6,39, filé e inteiro, respectivamente,

A tilápia Saint Pierre começou a ser comercializada esta semana, com regularidade, na peixaria da loja Hiperbompreço da Avenida Antonio Carlos Magalhães. Semanalmente, cerca de 500 quilos do peixe, criado em estuários do baixo sul da Bahia, serão fornecidos por 60 famílias de pescadores integrantes da Cooperativa Mista de Marisqueiros, Pescadores e Aqüicultores (Coopemar) dos municípios de Cairu, Nilo Peçanha e Ituberá.

Segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos do Wal-Mart Brasil, controlador da Rede Bompreço, Wilson Mello Neto, o quilo do peixe será comercializado por R$17,98 e R$6,39, filé e inteiro, respectivamente, e deverá participar com aproximadamente 5% da peixaria do estabelecimento.

A integração da cadeia produtiva, proporcionando a ampla comercialização da produção da Coopemar no mercado varejista baiano, foi comemorada ontem, durante entrevista coletiva, pelos parceiros do projeto, batizado por Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul (DIS Baixo Sul). O superintendente da Fundação Odebrecht, Maurício Medeiros, disse que o projeto é considerado modelo. “O objetivo (do projeto) é distribuir renda. O sonho da gente é a criação de uma classe média rural”, afirmou. Um dos instituidores do programa, a Fundação Odebrecht calcula investimentos superiores a R$20 milhões, desde o ano 2000, sendo que o orçamento para 2005 está avaliado em R$7,5 milhões.

O coordenador de Políticas Agrícolas da Superintendência de Planejamento Estratégico da Secretaria Estadual de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), Jackson Ornelas, explica que o estado é apoiador na produção agrícola e industrial. Através de conselhos regionais, tripartites, a própria comunidade poderá sinalizar propostas para serem implementadas na geração de emprego e renda. “Uma das metas do governo do estado é promover a descentralização do planejamento”, disse.

No município de Presidente Prudente, o governo do estado está investindo R$600 mil – de um volume total de R$5,5 milhões – na construção da primeira fábrica de amido e fécula da Bahia, que deverá processar, a partir de 2006, cerca de 200 toneladas de raiz por dia. Segundo explicou Ornelas, os resíduos da mandioca serão utilizados para substituir alguns componentes da ração utilizada para alimentar a tilápia, que atualmente participa com cerca de 60% dos custos da produção do peixe.

A partir de setembro, a expectativa é que o rendimento médio do pescador que participa do DIS Baixo Sul passe de R$180 a R$220 por mês para valores entre R$600 e R$700, segundo estima o presidente da Coopemar, Luciano Freitas. “A gente tinha o nosso peixe adulto, mas não tinha a quem vender. Já conseguimos “despescar” cerca de três toneladas”, comentou. Ainda segundo Freitas, o DIS Baixo Sul tem capacidade de incorporar 250 famílias na produção da tilápia Saint Pierre. Cada família tem capacidade de produzir 4,5 mil quilos de peixe por ciclo produtivo, que gira em torno de quatro e cinco meses. Ainda em fase de teste, a Coopemar também está introduzindo na região a criação de ostras em cativeiro, em estuários na Baía de Camamu.

Segundo Max Stern, presidente da Bahia Pesca – vinculada à Secretaria de Agricultura do estado -, o volume de pescado na Bahia gira em torno de 16 mil toneladas por ano. Na região do baixo sul, o governo do estado calcula investimentos desde 2004 da ordem de R$5,1 milhões. Na região, a Bahia Pesca fomentou o acesso de 85 famílias de pescadores a 200 gaiolas, cada uma com capacidade de produzir anualmente duas toneladas de peixe.

O baixo sul é composto por 11 municípios e comporta uma população de 259 mil habitantes. As estatísticas dão conta que cerca de 53% são analfabetos, 53,79% possuem rendimentos inferiores a um salário mínimo e outros 10,56% não têm rendimentos.

Fonte: Jornal Correio da Bahia – 11. 06. 05 – Tatiany Carvalho

Entre em
Contato com
a Fundação

Deseja ser parceiro dos
nossos projetos, realizar uma
doação ou contratar nossa consultoria técnica?
Mande uma mensagem
agora mesmo!