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Baixo sul terá fecularia industrial

Na visita do governador à fazenda foi inaugurada uma fábrica com capacidade de produzir 20 toneladas de farinha por dia. Ela vai beneficiar 1,8 mil famílias de produtores de mandioca da região.

30 de agosto de 2005

Na visita do governador à fazenda foi inaugurada uma fábrica com capacidade de produzir 20 toneladas de farinha por dia. Ela vai beneficiar 1,8 mil famílias de produtores de mandioca da região.

O governador Paulo Souto visitou ontem, no município de Presidente Tancredo Neves, a Fazenda Novo Horizonte, sede de dois projetos sociais incentivados pela Fundação Odebrecht. Na oportunidade, ele autorizou a Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp) a firmar convênio com Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) para a instalação de uma fecularia industrial no local.

A fazenda abriga o Projeto de Reestruturação da Cadeia Produtiva da Mandioca e a Casa Familiar Rural (CFR), um centro de formação de pequenos empresários rurais que oferece ensino integrado de teoria e prática para jovens entre 14 e 21 anos. No curso, que equivale ao ensino médio e possui três anos de duração, os alunos aprendem o cultivo e manejo de diversas culturas, além de contar com cursos de informática e gestão.

Os projetos são desenvolvidos em parceria pelo Governo do Estado, Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides) e Associação de Municípios do Baixo Sul (Amubs). “Este é um trabalho que favorece a fixação dos jovens no campo, dando-lhes melhor condição de vida e sustentabilidade. É um belo exemplo de um trabalho participativo”, disse Souto.

Na visita do governador à fazenda foi inaugurada uma fábrica com capacidade de produzir 20 toneladas de farinha por dia. Ela vai beneficiar 1,8 mil famílias de produtores de mandioca da região. A farinha produzida será comercializada na Cesta do Povo e nos supermercados da rede Wal Mart.

“Essa fábrica é uma maneira de agregar valor à mandioca. Através da extinção do atravessador vamos aumentar o ganho do agricultor, já que o produto final é mais valorizado do que a mandioca in natura”, afirmou o diretor da Coopatan, Jorge Gavino.

“Criar iniciativas como essas depende só da compreensão dos empresários. Transformar esses jovens em pequenos empresários rurais é fácil, pois se eles aumentam sua produtividade, podem comercializar o excedente”, explicou o empresário Norberto Odebrecht, idealizador do projeto.

“A fecularia vai trazer ainda mais ganho para os produtores, pois a fécula é mais cara que a farinha. A Secomp é parceira nesse projeto, pois iniciativas como essa é que dão condições de vida decente ao povo”, disse o titular da Secomp, padre Clodoveo Piazza.

Mais ganho

A Fazenda Novo Horizonte abriga também o maior campo de demonstração de tecnologias para o cultivo de mandioca da Embrapa, onde são desenvolvidas, aplicadas e divulgadas novas tecnologias de plantio da raiz. Os alunos da Casa Familiar Rural são o principal alvo e divulgadores das técnicas. Como estudam em regime de alternância, permanecendo um período na fazenda e outro em casa, eles levam para a comunidade as técnicas aprendidas.

“Aqui aprendemos tecnologia para aplicar em nossas propriedades. Antes trabalhávamos de maneira muito arcaica, somente para consumo. Hoje, somos pequenos empresários”, declarou o aluno João Santos. “Antes as pessoas mais velhas não aceitavam o que ensinávamos. Agora já vejo todos usando as técnicas que aprendemos aqui”, disse a aluna Jeane Borges.

“Temos uma parceria com a Embrapa e vamos agora agregar ao Nossa Raiz, o programa estadual de desenvolvimento da mandiocultura, os princípios de cultivo e manejo adotados no campo experimental. Aqui no baixo sul temos também a integração da Embrapa e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), a fim de buscar meios para melhor aproveitar a mandioca”, disse o secretário da Agricultura, Pedro Barbosa.

O Nossa Raiz possibilita a melhoria na qualidade de vida de mais de 2 mil microprodutores familiares de 47 municípios do baixo sul e do Recôncavo sul. O programa começou a ser desenvolvido a partir de um convênio firmado em abril deste ano, entre a Secomp e a Secretaria da Agricultura (Seagri), através da EBDA, no valor de R$ 10,4 milhões.
Todas essas ações implementadas na região convergem com o Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável do Baixo Sul (PDRIS), que abrange 11 municípios. Atualmente, três cadeias produtivas estão sendo desenvolvidas na região: mandioca, aqüicultura e pupunha.

O PDRIS também trabalha o resgate da cidadania. Através de dois balcões de direitos, instalados em Taperoá e Tancredo Neves, cerca de 40 mil pessoas já resgataram seus direitos como cidadão. Ali, pessoas carentes receberam registros de nascimento, carteiras de identidade e profissional e tiveram legalizadas suas terras. Tudo isso possibilitou o acesso a direitos como aposentadoria, inscrição em programas do governo federal e acesso a financiamentos agrícolas.

Acompanharam o governador na visita a Presidente Tancredo Neves os deputados federais José Carlos Aleluia e José Carlos Araújo e os estaduais Aderbal Caldas e Luiz de Deus.

Fonte: Diário Oficial do Estado da Bahia – 27 e 28 de agosto de 2005

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