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Escola em Igrapiúna ensina realidade do campo

O colégio foi construído pela Secretaria da Educação (SEC), como parte da parceria firmada com a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) ligada à Fundação Odebrecht.

5 de janeiro de 2007

O colégio foi construído pela Secretaria da Educação (SEC), como parte da parceria firmada com a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) ligada à Fundação Odebrecht.

A educação profissional na Bahia ganhou ontem um reforço com a inauguração do Colégio Casa Jovem II, dentro das Fazendas Reunidas Vale da Juliana, no município de Igrapiúna.

O colégio foi construído pela Secretaria da Educação (SEC), como parte da parceria firmada com a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) ligada à Fundação Odebrecht. Na oportunidade, foi firmada uma parceria da Oscip com o Estado para garantir o corpo docente.

O Casa Jovem II vai oferecer ensino médio e educação profissional a, aproximadamente, 1,2 mil jovens dos municípios da região. “Essa iniciativa agrega uma organização não-governamental, município e governo estadual. Não teríamos o mesmo êxito se fosse um projeto isolado. Ao trabalhar em conjunto, desoneramos a iniciativa e garantimos o seu sucesso”, afirmou o governador Paulo Souto.

Títulos de terra. O governador também entregou 64 títulos de terra a famílias de pequenos agricultores da região. O beneficio faz parte do Programa de Regularização Fundiária da Secretaria da Agricultura (Seagri).

De 2003 até agora, o governo entregou 88 mil títulos em todo o estado, atendendo famílias que ocupavam a terra sem ter, entretanto, a posse. Só este ano foram entregues 8.471.O Casa Jovem II é um colégio da rede estadual. Localizado na Fazenda Juliana, recebe também estudantes da zona rural de Ibirapitanga, Ituberá e Piraí do Norte. O currículo atende rigorosamente as determinações do Ministério da Educação, mas em todas as séries os jovens, além de estudar, cultivam e respiram a terra em aulas teóricas e práticas na horta da escola e nas grandes plantações da região.

Além disso, após o término do ensino médio, poderão seguir os cursos profissionalizantes voltados para a economia rural oferecidos pelo Casa Jovem II. Os alunos também recebem orientação especial acerca das espécies cultivadas na fazenda, a fim de que possam ser incorporados ao seu corpo técnico.

Parceria

“O projeto está em consonância com os interesses do governo em ampliar a educação profissionalizante. O melhor é que ele é executado pelo governo estadual, pela prefeitura local e por uma organização civil de forma harmoniosa”, afirmou a secretária da Educação, Anaci Bispo Paim.

Para o presidente da Fundação Odebrecht, Norberto Odebrecht, somente a parceria entre a sociedade e o governo estadual é capaz de reduzir a pobreza e levar o desenvolvimento para as regiões mais pobres.

O Casa Jovem I já funciona há cinco anos no município. Com a construção do Casa Jovem II, o número de vagas saltou de 520 para 1,2 mil. Os professores são da Secretaria da Educação, assim como o projeto pedagógico. O transporte dos alunos até as Fazendas Reunidas Vale da Juliana também é oferecido pelo Estado.

Além do curso profissionalizante, que é ministrado após a conclusão do ensino médio, os alunos participam de outros cursos de curta duração, como os de hotelaria, turismo e panificação.O colégio tem 10 salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, sala de aula prática, quadra poliesportiva e campo de futebol. O antigo prédio onde funcionava o projeto vai abrigar somente o ensino fundamental, que será oferecido através de uma parceria com a prefeitura de Igrapiúna.Realidade do campo.

Os alunos recebem educação adaptada à realidade do campo e uma formação cidadã que os estimule a ser empreendedores. “Saindo daqui, posso trabalhar no campo, pois aprendi muita coisa sobre agricultura. Aqui a gente aprende a desenvolver o que temos”, disse Adilson Pereira Neto, 15 anos.

“Estou há três anos aqui e já tenho uma profissão. Agora presto, aqui mesmo na escola, serviços de manutenção em computadores”, afirmou Elton Coutinho, 23 anos, aluno do terceiro ano.

O diferencial do Projeto Casa Jovem é que ele abriga pessoas de todas as idades, como é o caso de Ademira da Cruz, 32 anos, que está cursando o primeiro ano. “Estudo à noite e durante o dia presto monitoria em agricultura. Aqui aprendi uma profissão. É um sonho realizado ver o Casa Jovem crescer”, destacou.

Fonte: Diário Oficial da Bahia, 22 de dezembro de 2006.

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