Edição 125 – Compromisso com as origens
Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia (DIS Baixo Sul) implementa ações para garantir a sustentabilidade e a perpetuidade de suas iniciativas.
1 de julho de 2006
Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia (DIS Baixo Sul) implementa ações para garantir a sustentabilidade e a perpetuidade de suas iniciativas.
1 de julho de 2006
Texto: Vivian Barbosa
Fotos: Almir Bindilatti
Em meio a folhas de cartolina, cola e fita adesiva, eles tentam elaborar apresentações sobre si mesmos. Esforçam-se durante a dinâmica de grupo para conseguir bons resultados, mesmo em condições adversas. Eles têm um desejo em comum: fazer parte do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia – DIS Baixo Sul. Para concretizar esse objetivo, 44 jovens se inscreveram na seleção do Programa Jovem Parceiro (PJP) DIS Baixo Sul.
O DIS é realizado por meio de uma parceria entre o Governo da Bahia, a Associação de Municípios do Baixo Sul (Amubs), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides) e a Fundação Odebrecht. Com seus projetos alcançando resultados positivos, o Programa busca assegurar a sustentabilidade e perpetuidade de suas iniciativas. A implementação do PJP DIS Baixo Sul também está voltado para a formação de jovens empresários na região, de modo que eles possam assumir futuramente a liderança dos projetos.
“Temos a missão de preparar novos líderes, comprometidos com a região. Nosso trabalho é identificar, mobilizar e treinar jovens nascidos no Baixo Sul com espírito de liderança e vocação para assumir os projetos”, diz Marcelo Walter, Líder-Executivo do Ides. Ele explica que várias faixas etárias estão sendo contempladas pelo programa. “O Colégio Casa Jovem beneficia de crianças a idosos, alfabetizando-os, e em breve oferecerá cursos profissionalizantes. As casas familiares formam jovens empresários rurais, educando-os pelo trabalho. Agora temos o PJP DIS Baixo Sul, formando jovens empresários de nível superior”.
O método de seleção do PJP DIS Baixo Sul é o mesmo utilizado pelo PJP da Construtora Norberto Odebrecht (CNO). Em cada etapa, são avaliadas, nos jovens, as características necessárias a um parceiro da Organização. “Postura de simplicidade e humildade, ambição de propósitos, objetividade, determinação, criatividade, espírito construtivo, mobilidade e maturidade são valores que procuramos nesses jovens”, informa Telma Mascarenhas, psicóloga responsável pelas seleções do PJP da CNO (Bahia e Pernambuco) e do DIS.
Entre os jovens que participaram da seleção está Dayanne Ribeiro. Ela se considera uma profissional humilde, que quer ver as coisas acontecerem. “Acredito que maturidade é o resultado alcançado por um jovem quando ele é educado pelo trabalho”, afirma. E tornar-se uma empresária é o sonho que Dayanne quer realizar como integrante do DIS Baixo Sul.
Equilíbrio entre tecnicismo e humanismo
Levar a visão empresarial para os projetos sociais e trazer um pouco mais da visão humanista para a Organização Odebrecht é o objetivo dos integrantes da CNO em sua atuação no DIS. O intercâmbio já levou ao Baixo Sul engenheiros como Marcelo Walter, Bruno Falcão e Jorge Gavino. Este, aliás, acaba de retornar ao negócio Engenharia e Construção, depois de liderar por um ano e meio a Cadeia Produtiva da Mandioca (CPM).
Durante a passagem de Gavino, a CPM beneficiou 1.800 cooperados e implantou duas fábricas: uma de farinha e outra para produção de farelo de folha de mandioca. “A equipe que trabalhou comigo é fantástica. A força de vontade deles e a crença no projeto fizeram tudo acontecer”, diz Gavino. Assumindo um novo desafio no estado de Michoacán, México, ele conta que leva junto o aprendizado que adquiriu no Baixo Sul. “Dentro da visão de engenheiro, surgiu uma visão humanista. Além da minha contribuição para a obra em si, o que eu posso fazer a mais? Ao começar a montar um negócio, já colocarei o pilar da área social, tentando minimizar alguma carência daquela região”.
Desde 2005, Bruno Falcão está na liderança da Cadeia Produtiva da Aqüicultura (CPA). Tendo trabalhado até então em obras, sua primeira dificuldade foi dominar o negócio que estava assumindo. “Sou engenheiro e estava acostumado com concreto, aço, fôrma e asfalto. Tive de aprender sobre o processo de criação de peixes, seus custos, prazos e clientes”. Segundo Falcão, o aprendizado no dia-a-dia com a população do Baixo Sul tem sido enriquecedor. “Nosso papel é levar a técnica e aprender, no convívio com as famílias pobres da região, a importância do comprometimento com o social”.
Como parte desse intercâmbio, três jovens parceiros selecionados pelo PJP da Construtora estão atuando no DIS Baixo Sul. “A idéia é que alguns jovens tenham a oportunidade de conhecer e vivenciar os programas sociais da Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia, no período de um a dois anos, como se fosse um ciclo em uma obra”, explica Ricardo Ribeiro, Responsável por Planejamento, Administração e Finanças e Coordenador do PJP na Área Norte, liderada pelo Diretor-Superintendente João Pacífico. “Retornando à Construtora, esses jovens terão esses valores incorporados às suas ações no cumprimento de seus futuros programas de ação”, diz Ricardo.
Gustavo Menezes, um dos três jovens cedidos pela CNO, é hoje responsável pela área comercial da CPA. “Ter as virtudes de um jovem empresário faz com que ganhemos a confiança das pessoas. É ser humilde, olhar nos olhos, sonhar o que aquela pessoa está sonhando”, salienta. Com Roberta Tanajura, Responsável por Desenvolvimento de Pessoas na CPM, não é diferente. Encantada com as comunidades do Baixo Sul, ela destaca a importância da sua passagem pela região. “Tenho certeza de que, quando eu voltar para a CNO, vou ter a TEO muito mais impregnada no meu trabalho”.
O papel de educador dos líderes é ressaltado no trabalho com os jovens parceiros. “Diante da postura de meu líder, Christophe Hoüel, me posiciono como aprendiz”, revela Julia Fadul, engenheira da equipe do Ides, também cedida pela CNO. “Estou sempre buscando entender as decisões tomadas por ele e tentando tomar minhas próprias decisões, sem medo de errar, pois no meu erro encontro a oportunidade para me aperfeiçoar cada vez mais”.
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