Odebrecht Informa

Edição 151 – Produto da esperança

Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia transforma a vida de famílias de agricultores da região

1 de dezembro de 2010

texto: Gabriela Vasconcellos
foto: Eduardo Moody
 

Ivaldino, e seus filhos Jiovam (à esquerda) e Joelme

O dia do agricultor Ivaldino dos Santos começa às 5 horas da manhã. Com 71 anos, o produtor de palmito de pupunha não esconde a vontade de continuar cuidando da lavoura que mudou a vida de sua família. Casado há 40 anos e pai de nove filhos, Ivaldino é exemplo na comunidade do Areão, no município de Nilo Peçanha (BA). São 25 mil pés que lhe rendem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por mês. 

“Para quem nunca teve salário, com a pupunha o dinheirinho é garantido. Hoje tenho meu próprio terreno e já comprei um carro”, conta o agricultor, que é um dos sócios-fundadores da Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm), instituição apoiada pela Fundação Odebrecht e que faz parte do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia.

O sucesso dessa família também é resultado da dedicação dos assistentes educadores da Coopalm. Ao todo, 12 especialistas orientam os 486 associados a aplicarem, da melhor forma, as técnicas de plantio. “Capacitamos a todos para que conquistem maior produtividade, rentabilidade e liquidez”, destaca Erasmo Costa, Líder Educador, responsável pela coordenação dos técnicos.

Ivaldino, que iniciou seu cultivo em 2003, incentiva outros agricultores, inclusive seus filhos, a investirem na pupunha. “Vi o meu pai mudar de vida. Quero comprar mais terra para trabalhar. Com o palmito, sei que vou conseguir”, assegura Joelme dos Santos, 32 anos, que se associou à cooperativa em 2010 e já plantou 11 mil mudas. Gertrudes Ricarda, esposa de Ivaldino, revela sua felicidade em ver os filhos na lavoura: “Há muito tempo eu sonhava com isso”.
 

Coopalm conquista prêmio nacional

A Coopalm foi eleita Cooperativa do Ano 2010, na categoria Gestão para a Qualidade. O prêmio é uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras, Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e revista Globo Rural. Reconhece projetos pautados na inovação, criatividade e eficiência, além de torná-los referências para o setor.

 

Todos trabalhando juntos

O palmito Cultiverde, marca produzida pelos integrantes da Coopalm, está sendo comercializado por diversas redes de varejo, que disponibilizam suas gôndolas para a venda dos produtos, como a GBarbosa (Nordeste), Pão de Açúcar, Extra e Walmart (Sudeste e Nordeste). Recentemente, a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) e a Perini – rede baiana de delikatessen e docerias – ampliaram a parceria com a cooperativa e estudam a implantação, até o fim de 2010, de um novo projeto com conceito de “loja dentro da loja”: um espaço no interior dos estabelecimentos comerciais, com caixas registradoras próprias, que direcionam o valor da venda direto para a Coopalm. “O que vamos criar é uma ligação entre o agricultor e o consumidor, fazendo acontecer o Ato Cooperativo. Estou vivamente interessado e aplaudindo essa iniciativa”, afirma Reub Celestino, Presidente da Ebal.

Os desafios e os resultados já conquistados estão sendo construídos em alinhamento com estratégias de sustentabilidade. Uma delas é voltada para a formação dos cooperados do amanhã, papel desempenhado pela Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), uma unidade de ensino profissionalizante que beneficia cerca de 40 jovens. Joelton Santos, 19 anos, é educando da CFR-I e está estagiando na Coopalm. “Tenho a oportunidade de aprender formas de contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade. No futuro serei mais uma força na região.”

 

Presença na Eco Run

Uma parceria entre a Braskem e a Coopalm possibilitou a exposição da marca (Cultiverde) no circuito de corridas de rua Braskem Eco Run. A marca pôde ser vista no portal de largada e chegada, além de no pódio. “Esta foi uma das formas que encontramos para dar maior visibilidade a este projeto que gera, de fato, transformação social”, afirma Jorge Soto, Diretor de Sustentabilidade da Braskem.

 

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