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Jovens do Rondon se despedem da Bahia

Depois de quinze dias de trabalho intenso, rondonistas retornam a Salvador e fazem primeiras avaliações do projeto.

7 de fevereiro de 2007

Muitas lágrimas, sim. Mas também a sensação de missão cumprida. Na sede do 19º Batalhão de Caçadores do Exército, localizado no Cabula, os 320 rondonistas se reencontram para a despedida da Bahia. Depois de quinze dias espalhados por 20 municípios, os professores e estudantes universitários expressaram por meio de brincadeiras, músicas, danças e recitais alguns dos resultados das suas ações e narraram um pouco do que aprenderam durante a execução do Projeto Rondon.

O clima era de festa e confraternização, mas não foi assim sempre. “Certo dia, em Ibirapitanga, faltou água na cidade. A gente não tinha nem como tomar banho”, contou o estudante da USP, Flávio Gimenez. E foi a comunidade que resolveu o problema: “Todos se mobilizaram e abriram as portas de suas casas para nos receber”.

A estudante Lucilene Silva, da Unoeste, leu uma carta de agradecimento à comunidade de São Sebastião do Passé. Emocionada, ela disse que superou o medo dos sapos, de morcegos e a falta de estrutura em algumas partes da zona rural, tudo isso inspirada na força de vontade da população local. “O povo baiano é único. Aqui no Rondon eu vivi o verdadeiro significado da expressão diversidade cultural. É realmente uma lição de vida e cidadania”.

O estudante da UNB, Rafael Ferreira, aproveitou para fazer uma provocação aos colegas rondonistas. “Não devemos limitar essa idéia de ação social apenas ao Rondon. Não viemos aqui, passamos duas semanas nos doando para a comunidade e voltamos para casa esquecendo tudo. O Brasil tem muitas realidades e precisam nos atentar para os problemas de todos, dos que estão perto e longe de nós”.

Apesar de todas as ações festivas, o Coronel José Paulo Victorio, gerente de planejamento do Projeto Rondon, disse que ainda há muito trabalho para fazer. “Temos que levar em segurança todos estes jovens de volta para suas casas. O saldo foi muito positivo e as experiências aqui narradas comprovam isso. Mas cada grupo ainda vai elaborar relatórios com as conclusões de suas ações. Temos muito trabalho pela frente”, confessou.

Quem veio:

Cairu – Faculdade Jangada (SC) e Universidade Federal Fluminense (RJ).
Camamu – Universidade de Brasília (DF) e Universidade Estadual do Centro Oeste (PR).
Ibirapitanga – Escola de Enfermagem/USP (SP) e Universidade Severino Sombra (RJ).
Igrapiúna – Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e Centro Universitário Hermínio Ometto/Uniararas (SP).
Ituberá – Faculdade de Tecnologia e Ciência (BA) e Universidade Federal do Espírito Santo (ES).
Maraú – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP (SP) e Universidade Católica de Brasília (DF).
Nilo Peçanha – Universidade FUMEC (MG) e Universidade Federal do Triângulo Mineiro (MG).
Piraí do Norte – Centro Universitário Monte Serrat (SP) e Universidade do Vale do Paraíba (SP).
Presidente Tancredo Neves – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP) e União de Ensino do Sudoeste do Paraná (PR).
Taperoá – Universidade Federal do Amazonas (AM) e Universidade de Brasília (DF).

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