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Sexta turma do PDE da Construtora interage com jovens do Baixo Sul

O encontro aconteceu nos dias 31 de maio e 1º de junho, na Serra da Papuã, e teve como tema Responsabilidade Social.

3 de junho de 2008

Responsabilidade social à luz dos “Oito Objetivos do Milênio” e da “Carta da Terra”. Esse foi o tema central da sexta edição do Programa de Desenvolvimento de Empresários (PDE) da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) que promoveu a interação entre 52 líderes em formação da Organização e 41 jovens representantes de diversos projetos do DIS Baixo Sul. O encontro aconteceu na Serra da Papuã, no município de Ibirapitanga (região do Baixo Sul da Bahia), nos dias 31 de maio e 1º de junho.

O Programa é voltado para jovens parceiros da Organização com o objetivo de acelerar o desenvolvimento dos participantes, difundir e fixar a cultura da Odebrecht, além de permitir a troca de experiência entre gerações e formar líderes educadores. Vindos de diversas obras da CNO no Brasil e no exterior, os participantes têm, no PDE, a oportunidade de interagir com colegas de culturas e áreas de trabalho diferentes.

Segundo Olindina Dominguez, responsável pelo Programa, a sexta turma foi formada por integrantes de quase todos os países que a Construtora atua no intuito de proporcionar um intercâmbio entre as diversas realidades da mesma empresa.

Como parte da programação do PDE na Serra da Papuã, no dia 1º de junho, Norberto Odebrecht debateu com os jovens o tema central do encontro. Ele falou sobre o trabalho desenvolvido pela Fundação Odebrecht e as estratégias de sustentabilidade aplicadas na região do Baixo Sul da Bahia. Lembrou, também, as dificuldades enfrentadas, as parcerias que estão sendo constituídas, a forma como são estabelecidas as relações com o poder público e as organizações civis, abordando um pouco o conceito de governança.

No mesmo dia, os líderes em formação puderam interagir com os jovens do Baixo Sul. Esse momento, para Dominguez, provocou uma reflexão no grupo sobre a responsabilidade que cada um deles tem com o desenvolvimento sustentável. Para Ludmila Lavigne, do programa de pessoas, no Rio de Janeiro, a troca de experiências foi muito rica. “Pudemos voltar cheios de idéias de como implementar algumas ações da Fundação ou tomar a Fundação como referência para nossa atuação nos canteiros de obra”, declarou.

Maurício Almeida, da área de plantas industriais do escritório de São Paulo, revelou que a turma não estava preparada para o que iria encontrar no Baixo Sul. “Nós fomos para lá pensando que iríamos ver uma iniciativa social, e vimos na verdade muito mais do que isso. Vimos pessoas formadas, prontas para irradiar o que eles já aprenderam, prontos pra disseminarem aquele conhecimento na comunidade”.

Foco na identificação de forças e oportunidades

Integrante da sexta turma do PDE, Allan Chan trabalha nos projetos de Agronegócios em Angola desde junho de 2006. Hoje é responsável pelo Administrativo-Financeiro do contrato Fazenda Pungo Andongo e do investimento Biocom (empresa constituída para o negócio açúcar e álcool, na qual a Odebrecht é sócia). Mas foi durante sua experiência no Baixo Sul da Bahia que pôde entender e praticar o equilíbrio do empresário entre o tecnicismo e o humanismo.

 “Temos que ter a sensibilidade e perceber as oportunidades em que podemos servir as pessoas mais simples das comunidades onde atuamos, sem querer impor mudanças que ‘agridam’ a sua cultura. Em todos os nossos negócios, independente da cidade, região e país, devemos respeitar a cultura do seu povo”.

 Chan foi para o Baixo Sul em fevereiro de 2004 para contribuir com a constituição/estruturação do Instituto Direito e Cidadania (IDC) e da Cooperativa dos Produtores de Palmito (Coopalm), projetos ligados ao DIS Baixo Sul. Atuou como responsável administrativo/financeiro de ambos os projetos até junho de 2005, quando foi trabalhar no Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Ides), com a mesma função, porém, como apoio a todos os projetos do DIS.

Após dois anos de sua integração à CNO, Allan Chan comemora a oportunidade de voltar à região e poder reencontrar algumas pessoas que contribuíram com sua formação durante a vivência no DIS Baixo Sul. “A alegria foi muito grande quando recebi o carinho de todos assim que cheguei. Algo realmente forte e bastante verdadeiro, sincero”.

Embora o encontro tenha sido curto, Chan pôde verificar a evolução dos projetos materializados nos jovens protagonistas presentes na ocasião. Teve a oportunidade de trabalhar, naquela época, com alguns daqueles jovens, que eram apenas adolescentes, dotados de garra e persistência em busca de crescimento não apenas profissional, mas principalmente pessoal. “Fiquei muito impressionado com o nível de maturidade deles nas conversas, debates e apresentações. Porém, o que mais me deixou satisfeito e feliz foi ver o quanto eles são conscientes de que as mudanças nas vidas deles, de seus familiares, de suas comunidades só dependem da própria vontade. Que bom ver o brilho nos olhos deles!”.

 Quando deixou o Baixo Sul para um novo desafio, Allan Chan tinha a certeza de que estava levando consigo um aprendizado rico e o entendimento de que os negócios não devem ficar restritos simplesmente à entrega do bem material ao cliente, e que responsabilidade social não era simplesmente fazer uma ação social atrelada ao projeto.

“A nossa responsabilidade enquanto empresários vai além de garantir os resultados financeiros para os acionistas e a satisfação do nosso cliente com o empreendimento. Temos que oferecer à comunidade o nosso espírito de servir, construindo junto com ela, um projeto sustentável. Projeto que tenha foco no real desenvolvimento humano, social, produtivo e ambiental, e que não se acabe quando na região do contrato já não estivermos mais presentes”.

Chan destaca, ainda, o aprendizado de que não se deve tratar os problemas locais, pois estes têm a possibilidade de desaparecer e/ou se transformar quando são aproveitadas as forças e as oportunidades presentes na própria região. Para ele, as riquezas do local irão gerar os resultados e soluções para esses problemas. “Tenho certeza de que os meus colegas do PDE levam consigo os conceitos e as práticas no Baixo Sul como exemplo para reaplicarem em seus ambientes de contratos, mesmo que em menor proporção”.

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