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Oficina Nacional para criação do Selo Quilombola é realizada no Rio de Janeiro

Representantes do Ides e Cooprap participaram de evento que discutiu propostas para estabelecer uma marca aos produtos oriundos de comunidades quilombolas de todo o Brasil.

13 de outubro de 2009

A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) promoveu de 5 a 7 de outubro, no Rio de Janeiro, a Oficina Nacional de Criação do Selo Quilombola. O evento teve como objetivo estabelecer propostas para a criação de um Selo de identidade para produtos oriundos de comunidades quilombolas de todo o Brasil. Representantes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (Ides) e da Cooperativa das Produtoras e Produtores Rurais da APA do Pratigi (Cooprap) participaram do encontro, que contou com a presença do Presidente Executivo da Fundação Odebrecht, Maurício Medeiros, na solenidade de abertura.

A capacitação é a primeira etapa para criação de uma rede nacional de gestão do Selo, que será lançado em novembro, como forma de atribuir identidade cultural e agregar valor a produtos artesanais com potencial de desenvolvimento econômico sustentável. “O Selo é extremamente importante não apenas porque trará visibilidade para pequenos empreendimentos produtivos das comunidades quilombolas, mas porque carrega consigo uma identidade pautada na união”, defende Sandra Cabral, Chefe de Gabinete da Seppir.

Para participar da rede inicial do Selo, a Seppir elegeu 25 projetos produtivos de 14 estados do Brasil. “Entendemos que é de fundamental importância que as comunidades participem ativamente do processo de criação do Selo. Somente elas podem definir o que será representativo para os produtos”, afirma Sandra. Todos os projetos resgatam técnicas ancestralmente utilizadas nos mais variados processos: fibras (piaçava, buriti, algodão), alimentos (banana, goiaba, mandioca, cana de açúcar), fitoterápicos, couro, babaçu, cerâmica e lã de ovelha.

A oficina foi marcada por debates sobre economia solidária e programas federais voltados para a questão quilombola, além da troca de experiências entre as comunidades. Em conjunto, foram construídos apontamentos que irão direcionar a criação do Selo Nacional. “As comunidades quilombolas produzem peças belíssimas que estão na invisibilidade. Em muitos casos os produtos são vendidos sem nenhuma identificação de sua origem, promovendo lucro expressivo apenas para atravessadores. É objetivo do Selo Quilombola mudar esta realidade”, conclui a Chefe de Gabinete da Seppir.

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