Estudantes da Casa Familiar das Águas realizam Projeto Educativo Produtivo
Com a iniciativa, os jovens praticam o conhecimento técnico desenvolvido na unidade de ensino
24 de fevereiro de 2015
Com a iniciativa, os jovens praticam o conhecimento técnico desenvolvido na unidade de ensino
24 de fevereiro de 2015
A oportunidade de aliar a teoria com práticas contextualizas ao campo é o que torna o estudo nas Casas Familiares Rurais do Baixo Sul da Bahia diferenciado. A Casa Familiar das águas (CFA), por exemplo, oferece o Curso de Qualificação em Aquicultura, de um ano, para os filhos de aquicultores.
Em 2014, a CFA implantou o Projeto Educativo Produtivo – PEP, que permite ao estudante praticar em suas propriedades o conhecimento técnico adquirido na unidade de ensino. No total, 20 jovens, entre 16 e 17 anos, receberam um milheiro de alevinos de tilápia, três tanques-redes, ração e demais equipamentos necessários para a criação dos peixes. Todo o processo tem o acompanhamento dos monitores da Casa Familiar.
O cultivo da tilápia dura em média seis meses, até que o peixe atinja o peso de 900 gramas. De maio a setembro, 12 PEP’s foram implantados. A primeira despesca, que consiste na retirada dos animais da água para abate, ocorreu no mês de dezembro e as demais continuam até abril deste ano.
Os irmãos Helceres e Weslen dos Santos Reis, formados pelo Colégio Casa Jovem, são da comunidade de Mata do Sossego, localizada em Igrapiúna (BA), e realizaram a despesca no dia 12 de fevereiro. Alunos do curso técnico da CFA, eles ressaltaram como a prática foi enriquecedora para as suas formações. “Aprendemos muito com o curso para execução do PEP, que nos proporcionou uma ocupação produtiva em nossa propriedade”, declarou Weslen. Para Maria Helena dos Santos, mãe dos estudantes, a experiência contribuiu para o desenvolvimento dos filhos e para que a família continue cultivando peixe.
A iniciativa conta com o apoio da Cooperativa dos Aquicultores de águas Continentais (Coopecon), que comercializa os pescados, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Prefeitura Municipal de Ituberá e com recursos do Tributo ao Futuro, que custeia os insumos para a implantação dos projetos produtivos dos jovens.
A capacitação oferecida pela CFA aborda temas como Nutrição de Organismos Aquáticos, Tecnologia do Pescado, Cooperativismo e Associativismo e Gestão e Controle em Piscicultura. A unidade de ensino faz parte do Pacto de Governança do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia – PDCIS, apoiado pela Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados.
Segundo a diretora da CFA, Adriana Freitas, com a vivência na instituição o jovem pode se tornar um aquicultor antes mesmo de finalizar o curso. “Ao se identificar com a atividade, ele poderá ainda ingressar na cooperativa e dar continuidade à produção, tornando-se um empresário rural, realizado em estar no campo”, afirmou.
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