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Integração que gera mudança

Conheça a história do agricultor Valdenor Onofre. Beneficiado pela Organização de Conservação da Terra, sua propriedade é modelo de conservação produtiva e ambiental

29 de novembro de 2017

Todos os dias, após acordar pontualmente às 5:30 da manhã, o agricultor Valdenor Onofre, 58 anos, caminha alguns metros dentro da sua propriedade agradecendo pelo que vê no caminho. Uma nascente com vida, que deságua em uma pequena represa que abastece sua casa, cercada por árvores nativas da Mata Atlântica, grande variedade de frutas e uma produção agrícola com ótimas perspectivas de renda. Beneficiado pela Organização de Conservação da Terra (OCT) desde 2015 em ações de conservação ambiental e produtiva, Valdenor adquiriu mais do que ferramentas para melhorar sua realidade: a postura de defensor da natureza, tornando-se referência na pequena comunidade de Joaquim da Mata, no município baiano de Ibirapitanga.

“Não acreditava que teríamos toda essa água aqui. Estava tudo seco, só havia terra. Olha quanta diferença! Até o ar está mais puro”, conta, admirado com as transformações ocasionadas após o trabalho de reflorestamento da sua nascente e as orientações repassadas a ele e sua família. Participante do projeto Produtor de água Pratigi – Ibirapitanga, executado pela OCT em conjunto com a Prefeitura Municipal, Valdenor recebe apoio técnico e financeiro para o planejamento da sua propriedade. Esse benefício virou política pública em 2016, com aporte financeiro de R$ 90 mil para distribuição aos agricultores da região.

Segundo Rogério Ribeiro, responsável pelo projeto na OCT, o apoio é apenas um estímulo, mas são eles os verdadeiros agentes da mudança. “Nossa ideia é prepará-los para uma transição na maneira como plantam, mostrando que é possível respeitar o meio ambiente e tirar o seu sustento da terra”, disse. Joaquim Cardoso, Diretor Executivo da instituição, explica que as restaurações são realizadas em áreas de Preservação Permanente, priorizando as nascentes, com mudas desenvolvidas no viveiro da OCT. “Todas as sementes são colhidas por agricultores familiares que fazem parte da Rede de Coletores de Semente da APA do Pratigi, a exemplo de Seu Valdenor”, explicou. A capacitação foi realizada pelo projeto “Produzindo Sementes, Mudando Vidas”, iniciativa que contou com a parceria do Instituto Oi Futuro.

A forma de trabalhar com a terra também foi uma transformação na vida de Valdenor, que antes cultivava apenas cacau. Ele ampliou sua renda com o plantio de diversas culturas através do método de Sistemas Agroflorestais (SAF). “Temos cupuaçu, seringueira, cacau, banana e rambutão. Ainda tem a goiaba e a graviola, que tenho em pequena quantidade, mas que fazem a diferença no final do mês”, afirmou. Para a esposa Brazilina Souza, os progressos da família vão muito além do retorno financeiro. “Entendemos que conservando nossa área, o meio ambiente ganha e nós também. Não tem nada mais bonito que ver a variedade de plantas e de frutas no nosso quintal. E ainda tem a questão da saúde, né? Até esgoto passava por aqui sem nenhum tratamento”, disse, mostrando sua horta e a fossa séptica instalada na propriedade pela OCT. “Se antes eu já não queria ir embora daqui, imagina agora. Estamos vendo os resultados e um futuro que será ainda melhor”, completou Valdenor.

Valdenor e Brazilina são beneficiados pela OCT desde 2015 em ações de conservação ambiental e produtiva

A OCT é apoiada pela Fundação Odebrecht através do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS) e atua na área de Proteção ambiental do Pratigi, Baixo Sul da Bahia. Suas ações já culminaram para a conservação de mais de nove mil hectares de áreas, com mais de 200 mil árvores plantadas, e em 227 nascentes em processo de recuperação.

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