Uma nova proposta de educação
Entenda como é o modelo de ensino aplicado nas Casas Familiares apoiadas pela Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia
3 de janeiro de 2018
Entenda como é o modelo de ensino aplicado nas Casas Familiares apoiadas pela Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia
3 de janeiro de 2018
Criadas no Baixo Sul da Bahia após decisão da comunidade em ter uma instituição focada no protagonismo juvenil e no aprendizado pela experiência profissional e no campo, as Casas Familiares quebraram paradigmas pela forma diferenciada de ensino. Em 2017, as Casas Familiares: Rural de Igrapiúna (CFR-I), Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) e Agroflorestal (Cfaf), localizada em Nilo Peçanha, foram responsáveis pela formação de cerca de cem técnicos agrícolas, impactados por uma educação contextualizada às suas realidades.
Nessas instituições, que oferecem cursos Técnicos integrados ao Ensino Médio e são apoiadas pela Fundação Odebrecht através do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), os estudantes aprendem sobre administração rural, manejo de solos, irrigação, cooperativismo, ética, cidadania, além das técnicas adequadas para os mais diversos cultivos e as disciplinas da base nacional comum. “Eles experimentam conhecimentos diante da matriz curricular, gerando espaço para novos saberes em cada ciclo de aprendizagem”, explicou Joana Almeida, Coordenadora Educacional da Fundação. Em suas propriedades rurais, os jovens aplicam o que estudam e são multiplicadores em suas comunidades. “Eles são formados para a vida e para valores, por meio de ferramentas que permitem o surgimento de uma geração de empresários rurais, no seio das famílias de pequenos produtores”, reforçou Rita Cardoso, Diretora da Cfaf.
Isso acontece por meio da Pedagogia da Alternância, metodologia adotada pelas Casas Familiares, em que os estudantes passam uma semana em período integral, com aulas na sala e no campo, e duas semanas nas suas propriedades, sob o acompanhamento e a orientação de monitores especializados. “é uma educação integral e contextualizada que assegura a singularidade e possibilita a expansão dos potenciais de cada jovem”, ressaltou Joana. Para a Assessora Pedagógica Tailã Mendes, da CFR-I, o ensino tem como principal elemento a constante troca entre educador e aluno. “O conhecimento técnico só é entendido na prática após discussões que envolvem a vivência do jovem diante da sua realidade. Esse é um dos principais pontos que diferenciam uma Casa Familiar das escolas tradicionais”, disse.
Elismar de Jesus, 16 anos, conta como vê sua evolução durante os dois anos já passados como aluno da CFR-I. “Assim que aprendo uma nova técnica, corro para aplicar na minha área de produção para depois repassar para meus vizinhos. Isso nos fortalece e dá a certeza de que não estamos apenas crescendo na agricultura, mas como seres humanos”, ressaltou. Ana Rita Batista, 17 anos, estudante da CFR-PTN, está descobrindo novos horizontes. “Tínhamos uma baixa produtividade em nossos cultivos e isso estava aliado à falta de conhecimento, pois não sabíamos fazer análises do solo e utilizar uma adubação correta. Hoje, já me sinto uma jovem empresária e sou até vista como referência pela minha comunidade”, comentou.
Myriam Tricate, Coordenadora do Programa de Escolas Associadas (PEA) da Unesco, destaca que o modelo de ensino é inspirador. “Para cada jovem formado, há dezenas de pessoas que ganham a oportunidade de um futuro melhor. Há um sentido de responsabilidade social, de valorização da identidade cultural e de compreensão do valor do conhecimento que torna esse projeto realmente exemplar”, falou em entrevista concedida à Fundação Odebrecht em 2015. No mesmo ano, CFR-I, Cfaf e CFR-PTN tornaram-se as primeiras Casas Familiares do País a integrar o PEA.
Deseja ser parceiro dos
nossos projetos, realizar uma
doação ou contratar nossa consultoria técnica?
Mande uma mensagem
agora mesmo!