Com orgulho. É assim que Gláucio Dias vê a sua profissão. Educador da Casa Familiar Agroflorestal (CFAF), ele é uma das cerca de 2,6 milhões de pessoas de todo o país que recebem hoje uma justa homenagem. No Dia dos Professores, comemorado neste dia 15, a história dele é uma demonstração de como o trabalho destes educadores muda não só a vida das crianças e adolescentes a quem ensinam, mas a de famílias e comunidades inteiras. “A gente se sente orgulhoso, né? Você contribui, de uma maneira ou outra, para o desenvolvimento da região onde está”, diz ele.

Professor e monitor na CFAF, Gláucio vive o que ensina. Ele é produtor rural – em sua propriedade, planta cacau, banana, seringueira e cravo – e veio de Minas Gerais para o Baixo Sul da Bahia por causa das boas condições climáticas para a agricultura. Mas a missão de educar, que surgiu por acaso, foi se tornando cada vez mais importante em sua vida. “Educar vai virando uma paixão. Você cria uma relação de amizade com os alunos. Até fiz pós-graduação na área de pedagogia, por exemplo”, diz. A conexão com a profissão também veio de família. “Minha mãe foi professora, né?”, conta. 

A Casa Familiar Agroflorestal é parceira da Fundação Norberto Odebrecht na realização do PDCIS, tecnologia social que promove o desenvolvimento territorial sustentável. Na escola, os estudantes cursam o Ensino Médio integrado ao curso técnico em Florestas. E Gláucio, como muitos outros educadores brasileiros, realiza mais de uma função na vida destes adolescentes: ele dá aulas de física e atua como monitor da formação técnica, doando não só conhecimento, como tempo e cuidado aos estudantes. Segundo ele, este é o diferencial da Casa Familiar em relação à educação da zona rural. “A gente não foca só na Base Nacional Curricular Comum. A gente lida com saneamento básico, com questões de saúde nas comunidades, com orientação para a agricultura, com a questão ambiental…”, enumera.

Quem também tem a educação como vocação é Adelcio Menezes, responsável por Parcerias Sociais na Fundação Norberto Odebrecht. Ele atuou como professor por mais de uma década em escolas públicas do Baixo Sul da Bahia, assim como na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves, outra escola rural que faz parte do PDCIS. “Você se torna muito próximo desses meninos e meninas, passa a ser uma referência para eles”, diz ele. “E educar vira uma vocação. Sempre tive um pé na educação, mesmo quando atuei em outras áreas”. A maior prova é a sua atuação na campanha Tributo ao Futuro atualmente, campanha de captação de recursos que ajuda a viabilizar a formação nas Casas Familiares. “Tem outros atores que apoiam o professor. E a campanha, ao apoiar a formação dos jovens, permite que a educação continue a acontecer e que o professor siga impactando esses adolescentes”, afirma. 

Você sabia?

A missão da Fundação Norberto Odebrecht é Educar para Vida, pelo Trabalho, para Valores e superação de Limites. Esse objetivo foi adotado como um guia de nossa atuação desde 1988, quando repensamos nosso papel para ter, como foco, a educação do adolescente como fundamento para formar pessoas responsáveis, conscientes e participativas. Saiba mais sobre os projetos e ações que colocam essa missão em prática há mais de 30 anos em nossa linha do tempo.