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“A relação com a terra é a minha base”

Teresa Vieira é uma das agricultoras familiares beneficiadas pelo Programa Social coordenado pela Fundação

19 de novembro de 2021

“A minha identidade é camponesa. Entender que é possível cultivar e preservar é muito significativo”, conta Teresa

O horizonte cercado pelo verde e pelo colorido das colheitas de cacau, banana, laranja, tangerina, cupuaçu e hortaliças não é nada estranho para Teresa Francisca Vieira, de 37 anos. Filha de agricultores familiares, ela nasceu conectada ao trabalho da terra. Por isso, ser produtora rural é mais do que uma profissão – é uma identidade. 

“Minha família é de origem camponesa. A relação com a terra, com o alimento, é a minha base”, conta Teresa. Assim, a possibilidade de seguir trabalhando com a terra hoje e ainda garantir que futuras gerações também possam fazer o mesmo sempre a inspirou. E foi aí que entrou a Organização da Conservação da Terra, a OCT, instituição parceira da Fundação Norberto Odebrecht na realização do Programa Social PDCIS

A OCT atua no assentamento onde Teresa vive com seu marido, o Dois Riachões, na cidade de Ibirapitanga (BA). Lá, acompanhou a restauração de uma Área de Preservação Permanente (APP) que faz parte do terreno compartilhado por dezenas de famílias, apoiando os agricultores na transição para uma forma mais sustentável de lidar com a terra. “Eles nos apoiaram desde à limpeza das áreas até o plantio das mudas, em todos os processos. E as pessoas começaram a olhar de uma forma diferente para o local – ‘olha, eu posso trabalhar aqui, mas é cultivar e preservar’. Entender isso é muito significativo”, conta ela. 

 

Técnicos da OCT assistem agricultores do assentamento, como Teresa, a adotarem uma produção mais sustentável de alimentos

Esse entendimento já havia adentrado a vida da agricultora antes, pelo mundo acadêmico – com apoio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), Teresa é graduada em Agroecologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde atualmente cursa um mestrado em educação no campo.

Mas o apoio da OCT fez diferença no dia a dia, para apoiar a promoção de práticas de uma agricultura harmônica com o meio ambiente. A organização atua junto aos agricultores na região desde 2015, quando foi criada a Rede de Agroecologia Povos da Mata, uma certificação participativa que promove práticas agroecológicas – e da qual Teresa e outros agricultores do assentamento participam. Para ela, os aprendizados que vieram dessa rede transformaram o seu conceito de empreender no campo.

Hoje, 19 de novembro, quando é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, histórias de empreendedoras rurais como a de Teresa se tornam ainda mais relevantes: “quando a gente muda o modelo de agricultura convencional para um modelo agroecológico, pensando na diversidade de produção, no beneficiamento, na comercialização e na agregação de valor, isso é empreender”, conta ela. “E é nesse empreendedorismo que eu acredito”.  
 

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