Jovens atores soltam sua voz e convidam as pessoas a chegarem mais perto para ouvir de que maneira pequenas ações estão gerando grandes mudanças na vida de famílias do Baixo Sul da Bahia. Por meio da Associação Guardiã da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Agir), os grupos de teatro Afro Dance, do Colégio Estadual Casa Jovem e da Associação Esporte e Cultura União, composto por moradores da região, propagam a atuação do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS).

A apresentação teatral é realizada a cada abertura do Dia do PDCIS, evento que busca atender e fortalecer as 45 associações comunitárias localizadas nos municípios baianos que compõem a APA do Pratigi: Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha e Piraí do Norte. A ação é coordenada pela Agir e realizada a partir da identificação de demandas comunitárias locais.

“O teatro é uma forma de comunicação direta com o público, que possibilita a interatividade e assimila a mensagem de forma mais clara”, expõe Francisco Nascimento, assessor cultural da Agir.

Durante um dia inteiro dedicado à interação com moradores locais, acontecem ainda palestras na área de saúde, educação e cultura, atendimentos médicos, acesso à documentação civil básica etc. Em 2013, foram realizados dez eventos que envolveram mais de 1.500 pessoas e demonstraram a importância da cooperação e associação.

Segundo Pedro Paulo da Silva, Diretor Executivo da Agir, eventos como este despertam o interesse local, associado à proposta de desenvolvimento regional, além de ser uma oportunidade para a divulgação das ações realizadas pelo PDCIS. “É necessário levar às unidades-família de nossas associações o que é o Programa e estimulá-los a participar das importantes ações que são desenvolvidas no Baixo Sul”.

Para tornar possível o Dia do PDCIS, a Agir busca parcerias com prefeituras locais e instituições como o Instituto Direito e Cidadania (IDC), iniciativa também ligada ao PDCIS. “Com ações como esta nos damos conta da importância de nossos serviços para o desenvolvimento dos cidadãos que se encontram em localidades de difícil acesso e muitas vezes não tem condições financeiras de ir buscar a regulamentação de seus documentos”, enfatiza Lenira Costa, coordenadora das Ações e Cidadania do IDC.

Os moradores demonstram satisfação com as ações realizadas. “Aqui existem crianças e adultos sem documentos e informações básicas sobre higiene pessoal ou educação. Esse movimento facilita muito nossas vidas”, ressalta Benivaldo dos Santos, da comunidade Feira do Rato, município de Igrapiúna.