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Agricultor consciente

Conheça Marivaldo Santos e sua história de transformação através do acesso a assistência técnica e respeito aos recursos naturais

21 de julho de 2016

Aos 52 anos e vivendo na comunidade Vale do Juliana, em Igrapiúna (BA), Marivaldo Santos é, como ele mesmo se auto intitula, “um agricultor consciente”. Em sua propriedade, certificada em 2015 pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS) com o apoio da Organização de Conservação da Terra (OCT), uma placa feita a próprio punho avisa: não jogue lixo no chão. O cuidado é logo percebido por quem conhece o local, que reserva uma cascata de águas cristalinas e muitas árvores e flores.

“Precisamos conservar a natureza para continuar produzindo e para as outras gerações conhecerem. Sei que o trabalho deve ser em conjunto para que essa riqueza nunca acabe”, diz o produtor de cacau, que admite ter adquirido tal consciência em 2012, após o apoio e a assistência técnica recebida da OCT, instituição que integra a vertente ambiental do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), da Fundação Odebrecht. Por meio do acesso ao conhecimento e de capacitações, Marivaldo passou a adotar novas técnicas e procedimentos em sua área, respeitando a conservação dos recursos naturais, e tornou-se um dos 17 agricultores certificados da área de Proteção Ambiental do Pratigi. “A OCT e a certificação só trouxeram coisas boas para a região”, comenta.

Seu cultivo do cacau passou a ser realizado como um Sistema Agroflorestal (SAF) biodiverso – modelo de agricultura onde se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas de forma simultânea – englobando cupuaçu, cravo, seringueira, cacau, jaca, abacate, jenipapo e mandioca, dentre outras. O resultado foi sentido em números. Em 2015, a renda da propriedade, de três hectares, foi de R$ 5,4 mil, 22% acima de 2012. “Eu não sabia que aconteceriam coisas tão lindas na minha propriedade. Tenho agora meu cacau, mas também minhas mudas nativas. Minha roça está mais organizada porque eu anoto tudo que faço”, disse.

Marivaldo prepara composto orgânico com casca de cacau

Indo além do avanço financeiro, o respeito ao meio ambiente e o exemplo para outros produtores da região foram, segundo o agricultor, as maiores transformações em sua vida. “Moramos em uma área de proteção ambiental e temos que cuidar do que é nosso. Então, tenho que passar para frente o que sei. Não adianta ficar guardando só para mim”, avalia. Marivaldo também faz parte do grupo de 20 Agricultores Multiplicadores de Agricultura Sustentável (AMAS), os quais se destacaram pelos procedimentos adotados em suas propriedades e pela capacidade de reaplicação dos conhecimentos adquiridos. “Somos gestores da paisagem e estamos fazendo o futuro. Isso é muito bom”, finaliza.

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