Uma alimentação saudável deve incluir o consumo de pescados pelo menos duas vezes na semana. A afirmação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que contabilizou que cada brasileiro ingere, em média, 9 kg por ano, quando o ideal seriam 12 kg. Assim como a carne, o peixe tem alto valor nutritivo e deve estar presente em uma dieta equilibrada.

Esse tipo de alimento contribui com a qualidade nutricional e previne doenças cardiovasculares. De acordo com a nutricionista Andrea Calazans isso acontece por conta da redução da taxa de colesterol provocada pela gordura presente nos peixes. “O ômega 3 é essencial à saúde humana e como não é produzido pelo organismo, precisa ser complementado por meio de alguns alimentos”, ressalta.

Porém, o modo de preparo é essencial para a manutenção das vitaminas e benefícios aliados a seu consumo. “É preciso evitar a utilização de gorduras saturadas e optar pelo cozimento no forno ou na grelha. No caso da fritura, o ideal é utilizar pouco óleo vegetal”, orienta Andrea.

Os pescados provenientes do mar e os de água doce possuem algumas diferenças. Os primeiros têm maior quantidade de sódio e de iodo e são importantes para o bom funcionamento da glândula tireoide. Mas pessoas com hipertensão arterial devem consumir com moderação ou optar pelas espécies de água doce.

Uma das opções é a tilápia, que é leve e saborosa, rica em proteínas, vitaminas e minerais, e traz diversos benefícios para a saúde. Seu filé não tem espinhas e pode ser incluído, sem preocupação, no cardápio das crianças. Na Bahia, a Cooperativa dos Aquicultores de Águas Continentais (Coopecon) é uma das produtoras. Seus associados cultivam a tilápia em tanques-rede e contam com uma Unidade de Beneficiamento de Pescado (UBP) certificada pelo Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

“A UBP tem como principal produto o filé de tilápia com capacidade para processamento de sete toneladas por dia. Além disso conta com a produção de carne mecanicamente separada da farinha e do óleo do peixe, gerando um conceito de resíduo zero na indústria. Toda a produção é acompanhada por um fiscal federal agropecuário ligado ao MAPA”, ressalta João Carlos, Responsável pelo Controle de Qualidade da UBP.

A Coopecon comercializa os cultivos para grandes redes de supermercados, aliando inclusão social à geração de trabalho e renda. A Cooperativa é uma das instituições apoiadas pela Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados, por meio do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS).