Ao lado de quem cuida e vive da terra
Organização de Conservação da Terra completa 16 anos aliando a agenda ambiental com o desenvolvimento socioeconômico de produtores rurais no Baixo Sul da Bahia
15 de agosto de 2017
Organização de Conservação da Terra completa 16 anos aliando a agenda ambiental com o desenvolvimento socioeconômico de produtores rurais no Baixo Sul da Bahia
15 de agosto de 2017
Pensar no meio ambiente e cuidar da terra em conjunto com aqueles que precisam dela para viver e produzir, de forma sustentável e com responsabilidade social. é assim que a Organização de Conservação da Terra (OCT) caminha há 16 anos, fazendo a sua parte para que a agenda ambiental esteja intrinsecamente relacionada com o desenvolvimento socioeconômico dos produtores rurais que trabalham em sinergia com suas famílias e a comunidade na área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, Baixo Sul da Bahia. A APA possui 171 mil hectares e está inserida no Corredor Central da Mata Atlântica.
Desde 2001, ações de reflorestamento, inserção de Sistemas Agroflorestais (modo de plantio que combina culturas agrícolas com espécies arbóreas e o uso correto de insumos produtivos) e apoio à certificação socioambiental, aliadas a capacitações para um melhor uso dos recursos naturais, fazem parte do escopo de atuação da OCT. “Trabalhando em conjunto com os produtores vejo que estamos contribuindo com a natureza e com um futuro melhor. A comunidade nos recebe muito bem”, ressaltou o Técnico Agrícola Alexsandro Quaresma, que trabalha na OCT há seis anos.
Segundo a pequena produtora Marta Conceição, 57 anos, a instituição foi o incentivo que precisava para se tornar uma agente multiplicadora da agricultura sustentável. “Também passamos a produzir mais e melhor e adotamos práticas da agroecologia, que faço questão de repassar para a comunidade. Hoje, na minha propriedade, plantamos e colhemos cravo, cacau, banana, mandioca. Isso sem falar da minha horta, onde cultivo diversas hortaliças”, afirmou. Em 2017, Marta recebeu o selo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que permite a venda direta de produtos orgânicos a consumidores, indústrias, processadores, supermercados e até mesmo para a exportação.
A OCT também foi diferencial para as mudanças que ocorreram na vida de agricultores como Genilda dos Santos, 27 anos. Com auxílio da instituição, ela passou a receber, através do Programa de Pagamentos de Serviços Ambientais (PSA) de Ibirapitanga, apoio técnico e financeiro para o planejamento integrado de sua propriedade. “Trato a minha horta como uma empresa de verdade. Organizei a minha produção controlando o que gasto e ganho, adquirindo novos conhecimentos na forma de plantar”, afirmou. Genilda comercializa alimentos orgânicos em feiras livres da sua região, alcançando até o sul e sudeste do país.
Joaquim Cardoso, Diretor Executivo da OCT, ressalta ainda que a educação ambiental – em alinhamento com políticas públicas e outros atores, inspiram agricultores a adotar tecnologias de baixo impacto ambiental e ajudam a transformar o território em uma referência de desenvolvimento em bases conservacionistas. “O trabalho nas comunidades constitui-se modelo excepcional de como atuar em favor do equilíbrio dos fluxos de vida de uma região, englobando sinergicamente solo, água, flora, fauna, homem e seus negócios”, disse. A OCT faz parte do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), idealizado e fomentado pela Fundação Odebrecht.
Confira alguns números importantes conquistados pela OCT:
• Mais de 200 mil árvores Nativas da Mata Atlântica plantadas em restaurações florestais.
• 134 jovens empresários rurais, filhos de agricultores, e 43 monitores e assistentes educadores em tecnologias socioambientais receberam capacitações através do projeto Germinar – Juventude que Transforma. A iniciativa, executada pela OCT, é fruto de parceria firmada entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Odebrecht.
• 43 pequenos produtores recebem apoio financeiro e 27 contam com assistência técnica por meio do PSA – Ibirapitanga.
• 75 nascentes restauradas através do projeto Nascentes do Oricó.
• Apoio na realização de mais de mil CEFIR – Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais, registro eletrônico obrigatório para imóveis rurais baianos.
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