Na Mídia

Camamu já tem uma biofábrica

O primeiro lote de 200 mil mudas de pupunha já está pronto para ser distribuído entre 80 unidades de produção familiar

12 de junho de 2006

O primeiro lote de 200 mil mudas de pupunha já está pronto para ser distribuído entre 80 unidades de produção familiar

Os pequenos produtores rurais de Camamu, situado na Costa do Dendê, receberam ontem do Governo do Estado uma biofábrica que vai produzir até agosto 1,2 milhão de mudas de pupunha, palmeira da qual se extrai o palmito. No município, o governador Paulo Souto assinou também as ordens de serviço para a construção de um trecho de 48 quilômetros da BA-001, que liga o município a Itacaré, e das pontes sobre os rios de Contas e Bahia.

Paulo Souto apontou a biofábrica como parte dos programas que o Governo do Estado está desenvolvendo para apoiar o pequeno produtor do Baixo Sul. “Ela vai ajudar melhorar a produção de pupunha, cacau e de todas as outras culturas locais. As mudas produzidas no local serão transferidas para as famílias, aumentando sua renda e proporcionando para elas uma vida mais digna. Este é o verdadeiro trabalho de inclusão social que o governo realiza aqui no Baixo Sul.”

Para ele, a única forma de se acabar com a exclusão social é criando oportunidades para as pessoas, proporcionando a produção e aumentando a renda do homem do campo. O governador afirmou que o Nossa Raiz é outro programa de inclusão social voltado para a área rural no Baixo Sul.

“O produtor de mandioca, que tinha uma produção de cerca de 10 toneladas, está passando a produzir entre 20 e 25 toneladas por hectare, dobrando a sua renda e tendo uma vida melhor. As pessoas querem ter independência e soberania, querem viver do seu trabalho, e o governo está ajudando para que isso aconteça”, explicou.

O secretário da Agricultura, Pedro Barbosa, disse que a biofábrica visa expandir o processo natural de diversificação agrícola da região, pois com o tempo serão agregados viveiros de cacau, espécies florestais e outras frutas. “A vinda recente de duas empresas de palmito demanda matéria-prima e cria uma oportunidade para a agricultura familiar. Esse programa, ao lado do Nossa Raiz, vem revitalizar toda a agricultura familiar da região.”

Produção familiar

O primeiro lote de 200 mil mudas de pupunha já está pronto para ser distribuído entre 80 unidades de produção familiar, com cerca de 1,5 hectare cada, capaz de proporcionar, ao final de dois anos, uma renda mensal de R$ 450 por hectare.

Até agosto, terão sido produzidos 1,2 milhão de mudas, beneficiando outras 160 famílias, num total de 240 que fazem parte da Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul (Coopalm).

“Minha produção vai aumentar cerca de 50% e o meu trabalho vai diminuir mais da metade. As novas mudas são de melhor qualidade e produzem mais quantidade. Além disso, são plantas sem espinho. Então, o número de acidentes de trabalho também vai reduzir”, disse o presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Paratapa, Rosivaldo Santos Silva, 28 anos.

O distrito de Paratapa, onde mora com a mulher e três filhos, possui 34 produtores de cacau, pupunha, urucum, pimenta-do-reino, guaraná e banana-da-prata. Todos estão sendo beneficiados com a inauguração da biofábrica.

Fonte: Diário Oficial da Bahia, 12 de junho de 2006

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