Conservação produtiva no campo
Conheça a história de Nilva de Jesus, uma agricultora que, aos 60 anos, deseja ter sua nascente restaurada e produzir cada vez mais
1 de junho de 2018
Conheça a história de Nilva de Jesus, uma agricultora que, aos 60 anos, deseja ter sua nascente restaurada e produzir cada vez mais
1 de junho de 2018
De vestido cor-de-rosa e sentada em uma cadeira, Dona Nilva de Jesus contempla com entusiasmo a casa ainda em construção. Aos 60 anos, ajuda o filho, Josuel, peneirando a areia, enquanto o rapaz coloca bloco sobre bloco para refazer e ajustar o cantinho da mãe. A vida inteira morou ali, no Sítio São Sebastião, no Vale do Riachão, comunidade de Igrapiúna (BA), em uma área na qual planta cacau, cupuaçu e mandioca.
Há pouco mais de três meses, o filho começou o projeto de construir um novo espaço para a mãe dentro do sítio. Ela “não quer nada grande”, mas fala da importância de ter tudo organizado. “Acordo, tomo café, arrumo a casa – gosto das minhas coisinhas arrumadas – e vou para a roça trabalhar”. De riso fácil, conta que se mudou para a propriedade quando tinha apenas três anos. Seu pai, descendente de índios, ensinou a Nilva e seus 13 irmãos a importância de cuidar e valorizar a terra. Ela aprendeu direitinho: a vida toda, nunca quis deixar a região. “Gosto de ficar na roça”, declara. “Amo a natureza, amo tudo”.
Com essa mesma empolgação, fala sobre sua nascente. Localizada no centro da propriedade, a fonte de água está em processo de captação de recursos para ser restaurada pela Organização de Conservação da Terra (OCT). Para uma área de cerca de um hectare, é necessário o plantio de 1.666 árvores. Metade desse número já está garantido. O restante, de acordo com a Organização, está sendo viabilizado por meio do programa Carbono Neutro Pratigi.
“Se acaba a mata, a chuva não vem. Vão secando as águas. Como é que a gente vai ficar?”, questiona. Com a iniciativa em curso, ela salienta que sua prioridade é restaurar a nascente, passando informações e cuidados aos dois filhos, seis netos e uma bisneta.
Com uma botinha azul de borracha nos pés (“não gosto de ficar descalça”, diz ela), passeia pela propriedade de forma enérgica. Enquanto mostra os cupuaçus nos pés e o cacau crescendo, avisa: “por aqui, em breve, vai ter água brotando”.
Confira o nosso vídeo especial do Programa Carbono Neutro Pratigi:
Conheça outras histórias de boas práticas
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Esse é o agricultor Jovan Nascimento, cuja nascente foi restaurada em 2012 pelo Programa Carbono Neutro e, hoje, virou um cartão postal no Baixo Sul da Bahia, com uma floresta com cerca de 2.500 árvores. |
A nascente de Eliseu de Oliveira foi recuperada em 2016, quando foram neutralizadas as 167 toneladas de carbono emitidas na cerimônia do 8º Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável.
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A Organização de Conservação da Terra (OCT) é apoiada pela Fundação Odebrecht por meio do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS).
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