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Crescimento integrado no Baixo Sul da Bahia

Região de atuação do PDCIS passa por processo de fortalecimento do comércio e da economia local

1 de novembro de 2018

Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), divulgados em 2017, o estado é a sétima economia do Brasil e a maior do Nordeste, representando 28,9% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. No Baixo Sul da Bahia, onde a Fundação Odebrecht atua há 15 anos com o Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), a estrutura econômica tem passado por mudanças positivas.

Joelson Santos, comerciante e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade baiana de Presidente Tancredo Neves, cita um exemplo simples de mudança que tem observado no comportamento da população: a feira do município. “Ela acontecia apenas aos sábados. Nos últimos anos, se tornou diária”, relata. Segundo ele, o fato de que cada vez mais jovens escolhem viver na região é um fator de peso no aquecimento da economia local. “Os filhos dos agricultores estão produzindo e permanecendo aqui. A partir do momento em que você gera renda para as famílias, isso mexe com a economia da cidade”, opina o comerciante.

No Baixo Sul, cinco instituições recebem o apoio da Fundação Odebrecht: Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf) (escolas de Ensino Médio integrado ao técnico), Organização de Conservação da Terra (OCT) e Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan).

O município onde mora Santos é sede da CFR-PTN e da Coopatan, e, para ele, a presença destas instituições acaba beneficiando indiretamente mesmo aqueles que não são alunos ou cooperados. “O jovem está produzindo, vendendo e, com isso, faz a economia girar. O aluno aprende novas técnicas na Casa Familiar e você percebe essa tecnologia aplicada no campo. A população reconhece isso. é por essa razão que, hoje, quando tem um processo seletivo para entrar na instituição, a concorrência é grande”, comenta.

Jovens das Casas Familiares compartilham conhecimento com família e comunidade

Exemplo positivo

Em Ituberá (BA), Joberlan Nascimento atua há 15 anos no comércio. Fornecedor da CFR-I e Cfaf, ele conta que tem visto os agricultores locais cuidarem cada vez mais de seus cultivos, incentivados pelos jovens em formação nas escolas. Para quem comercializa produtos agrícolas, esse processo de modernização e utilização de novos materiais no campo é benéfico, de acordo com o comerciante.

“Os alunos das Casas Familiares instruem os outros a trabalharem corretamente. é fator fundamental de mudança. Antes, há uns oito anos, o agricultor chegava na minha loja e só pedia adubo”, comenta Nascimento, exemplificando que, agora, seus clientes já pedem por insumos mais específicos, como cloreto, adubos orgânicos e ferramentas sugeridas pelos estudantes. “Isso vem ajudando muito a região”, reforça. Nascimento também indica a permanência do jovem no campo como essencial para o desenvolvimento da cidade. “Eles têm renda nas suas propriedades e isso beneficia o comércio, pois compram do vendedor local. O que é muito importante para a gente, já que o dinheiro circula aqui”.

Na área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, onde atua a OCT, também houve uma mudança. “Observamos que nossa forma de atuação está influenciando os comerciantes locais”, explica Bruna Sobral, responsável por Planejamento Socioambiental na OCT. Segundo ela, os municípios onde a instituição mantém projetos têm tido uma demanda maior pelos produtos indicados, que não agridem o meio ambiente e viabilizam uma agricultura mais sustentável. Essa, para Bruna, é uma alteração notável no comportamento coletivo. “As lojas de produtos agrícolas têm trazido para as prateleiras o que recomendamos. Isso é um ponto positivo, sinal de que os agricultores estão cobrando”.

Agricultores beneficiados pelo PDCIS se tornam exemplos na região onde moram

Carlos Ribeiro, comerciante da cidade de Piraí do Norte (BA), é um dos que já trabalham com insumos indicados pela OCT, como cascalho, pó de rocha (que substitui a adubação química) e produtos para biocalda (um defensivo agrícola natural). “A cada ano aumenta o número de agricultores que trabalham com produtos orgânicos. Quando começa a se trabalhar com isso, a demanda cresce. Como a cidade e o comércio são pequenos, procuramos ver o que eles estão trabalhando para poder investir”, afirma, reforçando que, nesse processo, novos mercados vão se abrindo.

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