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Do Baixo Sul da Bahia para Angola

Projeto voltado à aquicultura em país africano é criado tendo como modelo programa social da Fundação Odebrecht

18 de julho de 2016

Experiências da Organização Odebrecht pelo mundo mostram que conceitos presentes nos programas da Fundação Odebrecht estão ultrapassando barreiras geográficas e culturais. é o que mostra a unidade da Engenharia & Construção Internacional em Angola. Em 2014, na obra do Aproveitamento Hidréletrico (AH) de Laúca, que será a maior hidrelétrica do país, a Odebrecht deu início ao Programa Piloto Aquicultura AH Laúca. O projeto social, que conta com o envolvimento do Governo, clientes e comunidades locais, tem como modelo a cadeia de aquicultura do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), posto em prática pela Cooperativa dos Aquicultores de águas Continentais (Coopecon) no Baixo Sul da Bahia.

Fundada em 2010, fruto de mobilização social de piscicultores da zona rural da região, a Coopecon beneficia cooperados e suas famílias, que cultivam tilápias em tanques-rede. Com assistência técnica, comercializa os pescados produzidos por eles a grandes redes varejistas, cobrindo toda a cadeia produtiva aquícola no Baixo Sul. Seguindo a mesma estrutura – com os setores de produção, industrialização e comercialização interdependentes, o Programa Piloto Aquicultura do AH Laúca é composto por 25 pequenos produtores (ex-caçadores e pescadores) do chamado “cacusso”, como a tilápia é popularmente conhecida em Angola. Beneficia indiretamente 125 pessoas da região do médio Kwanza, onde a construção da hidrelétrica está sendo realizada, por meio de projetos voltados ao agronegócio que visam a diversificação da economia. Em função da disponibilidade de água e energia, o local é um polo para o desenvolvimento do ramo no país. O diferencial do programa angolano, entretanto, está no destino final do peixe. Atualmente, toda produção – média de 6 toneladas por mês, é consumida no refeitório da obra do AH de Laúca, que conta hoje com 8.400 trabalhadores.

No Projeto Angolano, a produção mensal de peixe, média de 6 toneladas, é consumida no refeitório da obra do AH de Laúca

Adriano Freire, gestor do Programa no AH Lauca, foi o responsável por levar à áfrica a expertise desenvolvida no Brasil pela Fundação Odebrecht, onde atuou entre 2007 e 2013. “A maioria das hidroelétricas formam um lago extenso e ocioso, onde o modelo poderia ser replicado, gerando trabalho e renda”, explica. “Dr. Norberto dizia: se isso der certo, temos a oportunidade de fazer com que o céu seja o limite”, lembra Freire ao falar sobre o legado deixado por Norberto Odebrecht, fundador da Organização e Fundação Odebrecht. A intenção sempre foi, conforme complementa, consolidar o modelo em construção no Baixo Sul da Bahia, que promove a transformação social, para replicá-lo em regiões com obras e outras intervenções da Organização. Para Eduardo Odebrecht de Queiroz, Presidente Executivo da Fundação, essa transferência está alinhada com o compromisso e a visão de futuro da instituição. “Estamos comprometidos em fortalecer a Governança como negócio social e dar escala à tecnologia socioambiental desenvolvida e aprimorada em nossos Programas Sociais”.

Marcus Azeredo, Diretor de Contrato do Aproveitamento Hidrelétrico de Laúca, traduz nas suas palavras que a experiência vivenciada por Norberto Odebrecht surgiu como fonte de inspiração, traduzida pelos resultados já obtidos no modelo estratégico de Educação pelo e para o Trabalho desenvolvido no Baixo Sul da Bahia. “Tive a oportunidade de mobilizar um profissional experiente e formado pelo idealizador e fundador desse projeto no Brasil, trazendo toda expertise e vivência de anos em um programa transformador de comunidades carentes e agentes do seu próprio destino, através da produção sustentável de peixes que gera produtividade, liquidez e, consequentemente, a imagem de que a nossa Organização valoriza também o todo”, disse. Para o aquicultor Armindo Domingos, um dos 25 beneficiários do Programa Piloto Aquicultura AH Laúca, a chegada da iniciativa foi um divisor de águas em sua vida. “Deixei de realizar uma atividade com muitos riscos, que era a caça. Aqui estou aprendendo muito e trabalhando de forma segura”, afirmou.

Produtores da região do médio Kwanza cultivam tilápias em tanques-rede, como no modelo de aquicultura apoiado pela Fundação Odebrecht no Brasil

Utilizando como norte a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), o projeto adota a pedagogia da presença para repassar tecnologias voltadas para o desenvolvimento rural e para uma produção sustentável através do modelo aquícola. “Trouxemos a base tecnológica e filosófica da TEO, da Fundação e do seu Programa PDCIS para montar a mesma estrutura e avaliar sua viabilidade técnica e econômica”, comenta Freire. Com o início do enchimento do reservatório, previsto para o primeiro trimestre de 2017, e a consequente elevação do nível de água do rio, o programa piloto será repassado definitivamente à comunidade, que hoje é atendida de forma educadora, alcançando assim a fase de profissionalização do negócio.

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