Edição 128 – Em defesa de um tesouro natural
BID vai investir em programa de fomento à produção integrada e ambientalmente sustentável no Baixo Sul da Bahia.
1 de janeiro de 2007
BID vai investir em programa de fomento à produção integrada e ambientalmente sustentável no Baixo Sul da Bahia.
1 de janeiro de 2007
Texto: Vivian Barbosa
Fotos: Almir Bindilatti
O Fundo Multilateral de Desenvolvimento (Fumin) – órgão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides) assinaram, no dia 13 de novembro, um convênio que garante US$ 1,1 milhão para a execução do Programa de Fomento à Produção Integrada e Ambientalmente Sustentável em Áreas de Proteção Ambiental inseridas na região do Baixo Sul da Bahia.
A Fundação Odebrecht aportará a mesma quantia como contrapartida. Marcelo Walter, Diretor Executivo do Ides, explicou que os recursos serão investidos na capacitação dos produtores e na busca do modelo de comércio justo. “O objetivo é identificar potenciais clientes que entendam, respeitem e paguem mais por nossos produtos, garantindo um retorno de forma digna para nossos cooperados.”
O Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o Governador da Bahia, Paulo Souto, prefeitos locais e o Diretor do BID, Carlos Guimarães, participaram da cerimônia. Em seu discurso, o Ministro destacou a importância de iniciativas que gerem oportunidades de trabalho. “O trabalho é o bem fundamental do homem. É através dele que construímos nossas riquezas, nos inserimos na vida coletiva e aportamos nossas contribuições ao bem comum.”
Para o Governador Paulo Souto, o investimento do BID trará grandes benefícios para o Baixo Sul. “Esta região é um verdadeiro laboratório por sua biodiversidade e suas riquezas naturais. Precisamos conciliar este patrimônio com o uso correto da terra pelo homem.”
Também estiveram presentes Aneli Dacas Franzmann, da Secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Vladmir Abdala, Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, e Jackson Ornelas, Coordenador de Políticas Agrícolas da Secretaria Estadual de Planejamento e Coordenador do Governo da Bahia no Programa DIS Baixo Sul.
BID quer apoiar ações inovadoras
“Projetos serão importantes para a conservação da Mata Atlântica brasileira”, diz Carlos Guimarães, Diretor do BID, em entrevista a Odebrecht Informa.
Odebrecht Informa – Por que o BID está investindo nesse programa?
Carlos Guimarães – Para nós, o projeto com o Ides representa uma oportunidade única para demonstrar como promover o desenvolvimento econômico em zonas rurais com alta concentração de biodiversidade. Esta é uma ação que, com grande entusiasmo, apoiamos. Vamos trazer tecnologia e desenvolvimento para essa região, a partir das suas vocações locais, fazendo isso com profissionalismo, foco e transparência.
OI – Qual a política do BID na área de desenvolvimento sustentável?
CG – O Fumin aplica um critério muito rigoroso na escolha dos projetos que financia, favorecendo somente ações inovadoras, que contêm resultados mensuráveis e que promovem o crescimento econômico sustentável. O grande desafio é como alocar os nossos recursos de forma sustentável e que o investimento que se faça hoje tenha efeito multiplicador em longo prazo.
OI – Quais as expectativas de resultados deste Programa?
CG – A doação ajudará o Ides a incentivar a criação e o fortalecimento de cadeias produtivas, aumentar e aprimorar a produção atual e promover parcerias comerciais para melhorar a lucratividade do produtor. Com este apoio, o programa beneficiará pelo menos 150 aqüicultores e centenas de pequenos produtores rurais vinculados a cooperativas. Estes resultados terão impacto importante para a conservação da Mata Atlântica brasileira. O projeto também pode servir de modelo, com inúmeras possibilidades de reprodução.
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