Edição 146 – Esperança com base em projetos
Obras estruturantes asseguram desenvolvimento sustentável na área de proteção ambiental que é foco do trabalho da Fundação Odebrecht
1 de janeiro de 2010
Obras estruturantes asseguram desenvolvimento sustentável na área de proteção ambiental que é foco do trabalho da Fundação Odebrecht
1 de janeiro de 2010
Texto: Vivian Barbosa
Fotos: Márcio Lima
A Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, no Baixo Sul da Bahia, é o mais importante maciço florestal do Corredor Central da Mata Atlântica, apesar do desmatamento de 30 mil hectares nos últimos 30 anos. Essa região é o foco do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável fomentado pela Fundação Odebrecht com a participação das comunidades, por meio de organizações da sociedade civil e em parceria com o Governo Federal, o Estadual, governos municipais e instituições privadas.
As prioridades foram definidas e a estratégia está atrelada à consolidação de projetos estruturantes essenciais: a construção da Estrada Parque da Cidadania (EPC), a implantação dos Corredores Ecológicos e a reativação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). A Organização de Conservação de Terras (OCT) é responsável pela execução desses projetos, que serão posteriormente empresariados pela Associação Guardiã da APA do Pratigi (Agir) de maneira a viabilizar um programa de turismo agrícola, ecológico e sustentável: o Agro Eco Turismo.
A EPC, espinha dorsal da APA do Pratigi, e sua malha rodoviária serão adequadamente pavimentadas, ligando, em seus 150 km, a BR-101 e a BA-001 e suas variantes. “Isso facilitará o transporte de pessoas, insumos e mercadorias, e permitirá a fiscalização mais rigorosa das florestas”, explica o arquiteto e ambientalista da OCT Luiz Simas. Na estrada serão implantados postos de controle, sinalização, abrigos de ônibus, refúgios e pedágios. “As áreas de matas consolidadas serão preservadas e as desmatadas, recompostas”, acrescenta Simas.
ESTRADA ECOLÓGICA EPC – requisitos inovadores: – Utiliza tecnologias limpas |
Energia para reflorestar
Com base no Marco Regulatório Energético Brasileiro, até 2012 serão reativadas cinco pequenas hidrelétricas, desligadas na década de 1970. Gerarão 11 MW/h. A atual disponibilidade energética não garante o abastecimento regional, o que restringe a instalação de novos empreendimentos. Os recursos obtidos com a venda dessa energia e dos créditos de carbono serão reinvestidos na recuperação de matas ciliares e cabeceiras de rios. “Teremos um ciclo virtuoso: a água gera a energia, que possibilita o reflorestamento, que aumentará a vazão dos rios, produzindo mais energia”, diz Joaquim Cardoso, Presidente do Conselho da OCT.
CRIAÇÃO DE TILÁPIAS José Raimundo Oliveira, 46 anos (foto), cria tilápias na barragem Mina Nova (afluente do Rio Juliana). Com a família, ele cuida de 35 tanques-rede que garantem uma renda mensal de R$ 2 mil. “Trabalhamos todos os dias e sei que sou dono do meu negócio”, afirma. O barramento também propicia a geração de energia limpa. |
Uma primeira experiência nesses moldes foi realizada no município de Igrapiúna. Um conjunto de centrais energéticas com potencial para produzir até 1 MW/h já possibilitou a recuperação de mais de 100 nascentes na bacia do Rio Juliana, com receitas de R$ 60 mil/mês. Além disso, os lagos formados pelas barragens são aproveitados para criação de peixes em tanques-rede.
Famílias de pequenos produtores rurais são beneficiadas pelas ações e também atuam como agentes na consolidação dos projetos. Na implantação dos Corredores Ecológicos, por exemplo, moradores serão incentivados a construir viveiros para cultivo das mudas usadas na conexão de maciços florestais.
Em Lagoa Santa, distrito de Ituberá, membros de uma comunidade quilombola já estão produzindo mudas para recuperar, até março de 2010, a área verde da microbacia do Rio dos Cágados, que abastece o município. O agricultor André da Conceição, 53 anos, é entusiasta da iniciativa e apoia a mobilização local. “Se não cuidarmos do planeta agora, não teremos água no futuro. Trabalhamos juntos, gerando renda e aprendendo a respeitar o meio ambiente.”
A comunidade local participará da formação dos corredores ecológicos. Na Casa Familiar Agroflorestal de Nilo Peçanha, projeto educacional apoiado pela Fundação Odebrecht, jovens aprendem em um viveiro-escola a cultivar mudas de Mata Atlântica. Paloma Ventura, 20 anos, cuida do espaço. “O trabalho é muito interessante. Tudo que aprendo aqui levo para a minha comunidade.” |
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