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Educando pelo trabalho

Processo de formação nas Casas Familiares alia teoria à prática e contribui com a formação de jovens empresários rurais

12 de junho de 2014

Um caminho trilhado com muito esforço e dedicação. Dessa forma podem ser descritos os três anos de formação dos jovens nas Casas Familiares Rurais do Baixo Sul da Bahia, que tem como base a Pedagogia da Alternância. Passo a passo, uma semana em período integral, com aulas na sala (teóricas) e no campo (práticas), e duas na propriedade junto com suas famílias, aplicando novos conhecimentos, eles buscam alcançar o objetivo de se tornarem empresários rurais.

Os estudantes passam por diferentes etapas durante o processo de formação e, desde o primeiro ano, tem contato com uma prática produtiva, vocacionada para a área do seu curso técnico, para depois se tornarem cooperados. “Os monitores acompanham e orientam as práticas produtivas que tem como propósito aprendizagem para a geração de trabalho e renda que possibilite a permanência do jovem na zona rural”, esclarece Robson Kisaki, Diretor da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I). Segundo ele, o aprender fazendo, tendo a teoria a serviço da prática, contribui para a disseminação do conhecimento nas comunidades por meio do exemplo.

O ensino nas Casas Familiares Rurais tem como base a Pedagogia da Alternância

Lucas de Jesus, aluno do 1º ano na CFR-I, conta que a cada alternância é possível perceber os frutos do aprendizado. “Estou começando a preparar a área para implantação da horta e cada vez que volto para casa levo mais informações. Já aprendi sobre manejo de pragas sem produtos químicos e contei a todos os vizinhos”, comemora. No total, 36 hortas educativas serão implantadas pelos jovens do 1º ano da CFR-I, gerando expectativa de renda e qualidade de vida para famílias da região do Baixo Sul da Bahia.

No segundo ano, o enfoque está no desenvolvimento de competência técnicas e científicas mais sólidas e coerentes com a área de formação. “Focamos na ciência, tecnologia, inovação e responsabilidade socioambiental”, esclarece Rita Cardoso, Diretora da Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf). Nesse contexto, Patrícia Nascimento, 15 anos, estudante do 2º ano, junto com oito jovens da Cfaf, promove palestras, seminários e ações de conscientização ambiental por meio do Projeto Protagonismo Juvenil (PPJ). “Nossa prioridade é orientar a comunidade para que possam fazer um manejo sustentável e repassar o conhecimento adquirido”, diz.

Robenilson tem atualmente uma renda média mensal de R$ 1 mil com os projetos produtivos

Robenilson Santos, 18 anos, estudante do 3º ano da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), conta que as práticas produtivas contribuíram com o aumento na renda de sua família. “Antes não tinha resultados com meus plantios e na CFR-PTN aprendi a forma correta de cultivar mandioca, aipim e banana tipo terra. Hoje tenho uma renda média mensal de R$ 1 mil e estou implantado 9,7 hectares de plantação”, ressalta.

“Nesta etapa final a formação já está mais solidificada do ponto de vista moral, técnico e humano, com foco no seu desenvolvimento profissional e sustentável”, comemora Quionei Araújo, Diretor da CFR-PTN.

As Casas Familiares Rurais contam com o apoio da Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados, por meio do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS).

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