Com o tema “Discutindo políticas públicas para o desenvolvimento sustentável dos quilombos” aconteceu, no dia 10 de dezembro, o I Encontro de Comunidades Remanescentes Quilombolas do Baixo Sul da Bahia. A ação contou com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides) e da Associação Guardiã da APA do Pratigi (Agir), instituições parceiras da Fundação Odebrecht.  

 Durante o evento, representantes de 14 comunidades quilombolas se reuniram em Boitaraca, município de Nilo Peçanha, com membros de entidades da Sociedade Civil e de poderes públicos, para promover um espaço de diálogo, autônomo e popular. Como objetivo, a identificação de demandas dos moradores da região e instrumentalização de seus líderes para garantir o acesso igualitário aos benefícios que contribuam com o desenvolvimento sustentável local. Por fim, foi pactuada a formação de um Conselho Quilombola do Baixo Sul, incluindo pessoas de todas as comunidades remanescentes do território. O próximo encontro será realizado em janeiro de 2010.

A Bahia é o segundo estado com o maior número de população quilombola do Brasil. Do total de 1.340 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, 282 estão no Estado. Destas, 47 estão localizadas no Baixo Sul, configurando o território como um grande polo referencial de história e cultura, saberes e fazeres remanescentes de quilombos.

O encontro foi promovido pela Associação de Boitaraca e Associação Cultural e Social Flor de Serinhaém. Além de receber apoio da Agir e do Ides, contou com o Movimento Negro Unificado, Colônia de Pescadores Z-72 de Nilo Peçanha, Agência de Assessoria e Comercialização da Agricultura Familiar do Baixo Sul da Bahia, Prefeitura Municipal de Nilo Peçanha, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário e Governo Estadual, por meio da Secretaria de Promoção da Igualdade.