Especial 50 anos – Apoio às famílias brasileiras
Na segunda matéria da série histórica, conheça os passos da Fundação Odebrecht na década de 1980
20 de maio de 2015
Na segunda matéria da série histórica, conheça os passos da Fundação Odebrecht na década de 1980
20 de maio de 2015
Após quase vinte anos de dedicação exclusiva aos Integrantes da Construtora Norberto Odebrecht e seus dependentes, a Fundação Emilio Odebrecht (FEO), hoje Fundação Odebrecht, passou a preocupar-se, nos anos 80, com questões que atingiam as famílias brasileiras. Para a Fundação, a promoção da qualidade de vida de comunidades pobres do país dependia de ações integradas que visassem não apenas a saúde e a educação, mas também o trabalho. Em 1982, é criado o Prêmio FEO, com o fim de incentivar a inteligência nacional para o estudo e a elaboração de monografias que pudessem contribuir de forma concreta para a solução de problemas que afetavam e prejudicavam o desempenho do trabalhador.
Realizado em conjunto com o Conselho Nacional de Pesquisas – CNPq e com o apoio dos veículos A Tarde, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil, o Prêmio FEO teve como primeiro tema “A produtividade do trabalhador brasileiro”, entendendo produtividade como meio da realização e promoção do homem no papel de agente do seu próprio desenvolvimento. O engenheiro civil e administrador Lauro Barreto Fontes foi o grande vencedor da premiação naquele ano. A Fundação fomentava ainda a concessão anual de bolsas de pesquisa, patrocinava trabalhos e realizava encontros e debates, apoiada pelo governo, empresas e representantes dos trabalhadores. Nos anos seguintes, saúde, educação e a juventude brasileira foram os temas abordados pelo Prêmio FEO.
Alguns trabalhos vencedores viraram publicações, como o livro Saúde e Produtividade (1983) e Nordeste: o desenvolvimento do homem rural (1986), o qual apontava as dificuldades e as deficiências daquela região do país. Considerado um salto vitorioso para a classe trabalhadora e para o cidadão brasileiro, o Prêmio FEO era reconhecido por lideranças e estudiosos, como o então diretor-redator-chefe do jornal A Tarde, Jorge Calmon. “Os trabalhos constituem uma prova de que a nação está viva e alerta, disposta a oferecer ao poder público propostas para medidas que a situação do país reclama”, disse Calmon em uma das solenidades de entrega do Prêmio.
Em 1986, a Fundação prioriza os programas de saúde e educação e volta-se a duas esferas distintas: a zona rural, por meio de ações em conjunto com a Secretaria de Educação e Cultura da Bahia, e a periferia dos centros urbanos, ao identificar e desenvolver agentes populares de saúde nas comunidades, principalmente em Salvador. A premissa, segundo o fundador Norberto Odebrecht, era simples e coesa: “Não basta sentir e tentar reduzir deficiências do indivíduo no trabalho, cuidando dos sintomas. é preciso aprofundar a análise das carências crescentes, pesquisando suas causas, para afastá-las e criar condições favoráveis ao desenvolvimento do homem”.
Nomes que marcaram a história
Nos anos 80, Josaphat Marinho, um dos diretores da Odebrecht S.A., tornou-se o Vice-Presidente do Conselho de Curadores da Fundação. Grande defensor da educação como forma de valorizar o trabalho de cada homem, disse, em um dos debates realizados pela Fundação, que “a experiência tem mostrado que estamos no caminho certo, que a eficiência destes programas está associada à coordenação do fator trabalho, com a saúde e com a educação”. Em 1984, sintetizou em uma frase o papel que a instituição cumpria: “Quando uma organização presta, desinteressadamente, serviços à comunidade, este esforço torna-se útil para superar os preconceitos que normalmente acompanham as atividades econômicas”
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