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Evento marca início do ano letivo na Casa Familiar do Mar

Segunda edição da RICA – Reunião de Imersão Criativa da Aquicultura – reúne cerca de 60 pessoas em Cairu.

10 de março de 2009

“Os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos”. A frase, de autoria do psicanalista, educador e escritor brasileiro Rubem Alves, foi distribuída para dar as boas-vindas a todos que chegavam à segunda edição da RICA – Reunião de Imersão Criativa da Aquicultura, realizada na sede do município de Cairu, Baixo Sul da Bahia, no dia 02 de março.

Idealizada com o objetivo de promover um espaço de interação, reflexão e trocas de experiências, a II RICA reuniu cerca de 60 pessoas e marcou o início do ano letivo na Casa Familiar do Mar (CFM), projeto que leva educação do campo de qualidade para jovens dos municípios de Cairu, Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha e Taperoá.

Zenaide dos Santos, Pedagoga e Presidenta da Associação Casa Familiar do Mar, fez a abertura do evento. Mãe de Jodaias dos Santos, 19 anos, beneficiado pela CFM, Zenaide reforça a importância de ouvir o jovem e o que ele deseja para sua vida. “Assim, podemos construir projetos pedagógicos de qualidade. Quero que meu filho tenha a oportunidade de crescer e se fortalecer aqui na região. Por isso, lutamos sempre por uma ambiente ainda melhor”, afirma.

A programação incluiu palestras sobre as perspectivas da Casa Familiar para os próximos anos; a Pedagogia da Alternância; e o processo produtivo da Cooperativa Mista de Marisqueiros, Pescadores e Aquicultores do Baixo Sul da Bahia (Coopemar), ministradas, respectivamente, por Tarcísio Botelho, coordenador pedagógico; Thaís Fiscina, pedagoga; e Jhonata Lima, engenheiro de pesca.

A Casa dos Sonhos

No final de 2008, os jovens da CFM foram incentivados a pensarem sobre a seguinte questão: como seria a Casa Familiar dos seus sonhos? Após discussões e reflexões em grupo, os jovens apresentaram, durante a II RICA, o que eles desejam para si e para o futuro da Casa. Uma peça teatral, idealizada e encenada pelos próprios jovens, trouxe a tona a dura realidade de muitas comunidades estuarinas da região e contou a história da criação da CFM como uma das alternativas para melhoria da qualidade de vida na região.
João David Madureira e Camila Ventura, ambos com 20 anos, foram os porta vozes da turma. “Nós, jovens, nunca vamos desistir de aprender e sabemos que os monitores nunca desistirão de nos ensinar. É isso que nos move”, afirmou João David.

Carlos Benedito, líder da CFM, anunciou algumas reformas na sede da Casa, hoje localizada na Fazenda Timbuca, em Cairu. Entre elas, a construção de novas salas de aulas, banheiros e a ampliação da biblioteca. “Nosso desafio é transformar o sonho desses jovens em realidade. Muitos só abandonam a região por não terem chance de crescer aqui”, argumenta Carlos. “Estamos em constante busca pelo ideal, mas perseguindo bons resultados inclusive durante o processo”, conclui.

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