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Formação global e integrada

Curso vai capacitar, em um ano, 300 jovens agricultores do Baixo Sul da Bahia como agentes multiplicadores de práticas agrícolas sustentáveis

19 de dezembro de 2016

Cerca de 300 jovens agricultores familiares capacitados em 2017. Essa é a meta do Curso de Gestão de Propriedades Rurais de Base Familiar para Adaptação às Mudanças do Clima, executado tecnicamente pela Organização de Conservação da Terra (OCT) em parceria com a Fundação Odebrecht e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por intermédio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin). A iniciativa visa formar agentes multiplicadores de práticas agrícolas conservacionistas, tomando-os gestores sustentáveis de suas propriedades rurais e conscientes dos impactos das mudanças climáticas na agricultura.

A previsão é que sejam formadas 10 turmas de jovens entre 17 e 29 anos e que ainda não tenham sido impactados diretamente pelo Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), da Fundação Odebrecht. Com isso, a expectativa é dar oportunidades para o maior número de pessoas para a efetiva transformação da região. “Queremos, com essa ação integrada, aumentar a resiliência das comunidades rurais atendidas para que enfrentem os problemas locais, e os de ordem global, a exemplo dos efeitos adversos da mudança do clima. Tudo isso tendo o jovem como agente de mudança”, destacou Emanuel Oliveira, responsável por Parcerias e Investimentos Sociais na Fundação.

O primeiro módulo, realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro na comunidade Dois Riachões, município de Ibirapitanga (BA), beneficiou 19 jovens. Eles foram estimulados a encontrar-se como agricultores que reconhecem a nobreza de sua atividade laboral, com qualidade de vida no campo, por meio de dinâmicas e atividades escritas e orais. “A cada atitude, relato, demonstração de aprendizado nas dinâmicas propostas, eles mostraram vontade de aprender, superar as dificuldades e melhorar a sua condição de vida”, relatou Anaiane Almeida, Coordenadora do Núcleo de Atendimento ao Cidadão no Instituto Direito e Cidadania (IDC), instituição integrante do PDCIS, que ministrou o módulo e se integrou à proposta devido à sua expertise com trabalhos voltados ao Protagonismo Juvenil.

Jovens agricultores beneficiados que realizaram primeiro módulo

Para Volney Fernandes, Diretor Executivo da OCT, o curso é relevante por ser uma forma de trabalhar a ressignificação do empresariamento rural. “Vamos construir a várias mãos um modelo de capacitação abrangente, considerando os atuais e futuros gestores da paisagem, com foco em formação de líderes capazes de garantir a sustentabilidade na sua propriedade e influenciar seu entorno”, destacou. Joilson Pereira, do Assentamento Serra de Areia, de Ibirapitanga, e um dos participantes, afirma que a expectativa para o curso é grande. “Espero que nos traga uma vasta experiência para lidar com o campo e como produzir sem prejudicar o meio ambiente”, disse. Até dezembro de 2017, mais quatro módulos serão ministrados, totalizando 100 horas totais de formação.

Planejamento integrado
Em novembro, uma oficina de diagnóstico conduzida pela OCT e pelo IDC, com os jovens beneficiados, moradores das comunidades de Dois Riachões, Serra de Areia, Nova Esperança e Malibu, de Ibirapitanga, marcou a fase inicial do curso. Segundo Ana Paula Matos, coordenadora do projeto na OCT, o encontro foi importante por traçar um diagnóstico e expectativas da formação. “O objetivo foi conhecer melhor o perfil desses jovens para avaliar a necessidade de adequação do plano de curso e metodologias a serem utilizadas na formação”.

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