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Integração que gera conhecimento

Jovens das Casas Familiares compartilham informações e trocam experiências que visam o desenvolvimento de seus projetos agrícolas

1 de agosto de 2013

Agricultores desempenham, quase que diariamente, diversas atividades para desenvolver seus cultivos: arar terra, preparar mudas, plantar sementes, irrigar etc. Para quem não entende, essa tarefa parece ser simples e comum a qualquer trabalhador rural. “Cada plantio requer um tratamento diferente. No caso da mandioca, é preciso aguardar de oito a dez meses para a colheita e como a raiz da planta é profunda, o solo não pode ser duro nem seco”, explica a agrônoma Helen Nunes. Sua colega de profissão, Maria Gilcilene Rocha, completa: “Algo que não acontece com o abacaxi, que tem raízes curtas e maior resistência ao sol”.

É com objetivo de trocar informações desse tipo e compartilhar experiências exitosas que três instituições de ensino vêm propiciando encontros entre seus educandos: as Casas Familiares – Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) e Rural de Igrapiúna (CFR-I), e Agroflorestal (Cfaf), em Nilo Peçanha (BA). Um deles foi realizado recentemente durante o I Seminário Integrado de Educação Profissional, em junho de 2013. Na ocasião, jovens das turmas de 3º ano se reuniram na Fazenda Novo Horizonte, onde está sediada a CFR-PTN, para compartilhar planos de vida e carreira e visões de futuro. “Percebemos que temos muito em comum, principalmente o espírito empresarial”, comentou Natalícia Barros, 17 anos, estudante da Cfaf e moradora da comunidade Itiúba, em Taperoá.

Jovens da Cfaf visitam sede da CFR-I

Momentos como esse vêm acontecendo desde o ano passado por meio das alternâncias semanais, período em que os educandos aprendem assuntos ligados à área da agricultura. Em 2012, estudantes da Cfaf visitaram as instalações da CFR-PTN e da CFR-I. Em Presidente Tancredo Neves, eles conheceram o Campo Demonstrativo da Mandioca, plantios de graviola e a unidade modelo do PAIS – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável. Já durante passagem por Igrapiúna, acompanharam o sistema completo do palmito de pupunha, incluindo as etapas de cultivo, processamento e envasamento do produto. “Essa visita foi muito importante, pois conversei com colegas que vivem a mesma metodologia de ensino, mas cultivam outras culturas”, afirmou Juliana Neves, 17 anos, do Curso Técnico em Florestas da Cfaf.

Ainda em 2012, foram os estudantes da CFR-PTN que compartilharam informações com educandos da CFR-I. Na ocasião, foram abordados principais pontos sobre a produção do palmito: separação das sementes, germinação, preparo do solo e colheita. Em 2013, aconteceu um intercâmbio inverso, em que o ponto de encontro foi na CFR-PTN. “Foi uma experiência muito importante, principalmente com os jovens formados. Vê-los realizar seus projetos agrícolas me motiva a continuar os estudos”, relatou Gelson Santos, 17 anos, morador da comunidade do Areão, em Nilo Peçanha. Benivaldo dos Santos, 25 anos, concluiu a formação na CFR-PTN em 2010 e hoje ministra aulas práticas para as atuais turmas. Ele foi um dos jovens a receber estudantes da CFR-I. “Esses anos foram fundamentais para meu amadurecimento e permitiu que eu continuasse a viver na zona rural”, ressalta.

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