Metodologias que orientam a educação do campo
Por meio das pedagogias da Alternância e da Presença, mais de 950 jovens já foram ou estão recebendo uma educação contextualizada e de qualidade na zona rural
4 de junho de 2015
Por meio das pedagogias da Alternância e da Presença, mais de 950 jovens já foram ou estão recebendo uma educação contextualizada e de qualidade na zona rural
4 de junho de 2015
Você já ouviu falar em Pedagogia da Alternância e Pedagogia da Presença? Implantadas nas Casas Familiares Rurais que fazem parte do Pacto de Governança da Fundação Odebrecht através do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade – PDCIS essas metodologias permitem uma educação que responde ao cotidiano rural, proporcionando aos jovens a oportunidade de participar da realidade em que vivem e buscar a sua transformação.
Na Pedagogia da Alternância, os jovens passam uma semana em período integral na instituição de ensino, com aulas na sala e no campo, e duas semanas na propriedade da família, aplicando os novos conhecimentos, sob o acompanhamento e a orientação de monitores especializados. Neste momento, é configurada também a Pedagogia da Presença – quando o educador dedica tempo, presença significativa, experiência, conhecimento e exemplo aos seus alunos. Este encontro, segundo Joana Almeida, coordenadora educacional da Fundação Odebrecht, é o que traz sentido e harmonia para o ensino, fazendo com que sejam ampliadas a visão do educador e as possibilidades de aprendizagem dos educandos. “A cada nova alternância, o jovem é realimentado com soluções que permitirão o surgimento de novos questionamentos. A cada nova interrogação, suas inflexões e imagens do real são modificadas”, diz.
Ivanete de Jesus Santos, de 27 anos, é monitora da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) e um exemplo de como as metodologias são efetivas. “Em um dia de visitas consigo orientar de três a quatro famílias. A parte mais gratificante deste trabalho é o reconhecimento por parte delas. Consigo acompanhar de perto a mudança de comportamento e valores dos jovens, que se tornam mais responsáveis e passam a ter objetivos de vida, se sentem valorizados e enxergam um futuro no trabalho rural”, diz. Além de dar aulas de geografia e de matérias da base técnica, como solo e cultivo do milho, Ivanete, que é formada pela instituição de ensino, percorre cinco municípios distintos para visitar e orientar 20 alunos.
Jailton Santos, jovem que está no terceiro e último ano de formação na Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf), reconhece que a sua visão da educação e do trabalho no campo são intensificados com a metodologia de alternância e com o apoio dos educadores. “Colocamos em prática todas as técnicas que estamos aprendendo na Casa Familiar. Isso é diferencial para nossa vivência na agricultura”, afirma.
Cerca de 950 jovens já foram ou estão sendo beneficiados pelas Casas Familiares Rurais localizadas nos municípios de Presidente Tancredo Neves, Igrapiúna e Nilo Peçanha. Integradas ao PDCIS, CFR-PTN, Cfaf e Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I) são reconhecidas pelo Conselho Estadual de Educação da Bahia e aqueles que concluem os três anos recebem diploma de Ensino Médio integrado à habilitação técnica. A Casa Familiar das águas oferece cursos livres com duração de um ano e está em processo de certificação.
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