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O começo de um sonho

Com metodologia diferenciada e formação em três anos, Casas Familiares Rurais dão início ao ano letivo no Baixo Sul da Bahia

3 de fevereiro de 2015

Em suas mochilas, os novos alunos da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I) traziam, entre cadernos e canetas, a expectativa de vivenciarem uma grande jornada em suas vidas. Ao iniciar o ano letivo, em 19 de janeiro, os jovens conheceram a história do Baixo Sul da Bahia, por meio de dinâmicas e atividades em sala, e compartilharam as particularidades de suas comunidades. Com o auxílio da cartilha “Entendendo o PDCIS”, eles também puderam mergulhar na dinâmica e filosofia do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia, apoiado pela Fundação Odebrecht.

Entre os recém-chegados, foi unanime a certeza de que são privilegiados por estarem ali. Hugo Daniel Santos, 15 anos, morador da comunidade dos Tachos, em Nilo Peçanha, sentiu-se em um sonho. “Eu estou tão feliz por esta oportunidade que às vezes chego a pensar que não é real. Esta semana foi maravilhosa, aprendi muito sobre a realidade da minha região e volto para casa já pensando na próxima alternância”, comenta. Marcada pela heterogeneidade, a turma de número sete do Curso Técnico em Agronegócio Integrado ao Ensino Médio reúne jovens com faixa etária entre 14 e 18 anos, de sete municípios e 29 comunidades.

Momento cívico marcou o início do ano letivo na CFR-I

Também no dia 19, a Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) desejou as boas-vindas aos alunos selecionados para décima primeira turma do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. “Começamos a alternância com o pé direito, estou muito ansioso e entusiasmado com os ensinamentos”, confessa Joelson Cruz, 17 anos, jovem selecionado para fazer parte do primeiro ano de formação. Após a cerimônia de abertura, os jovens assistiram a palestra sobre o manejo e conservação dos solos, ministrada pelo professor doutor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Washington Duete. O tema foi escolhido com o objetivo de destacar o Ano Internacional dos Solos, comemorado em 2015 segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Na Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf), a primeira aula do ano foi realizada no dia 20 e contou com os 36 jovens dos municípios e comunidades do Baixo Sul da Bahia aprovados no processo seletivo da instituição. Ao falar com os estudantes, a diretora Rita Cardoso lembrou a oportunidade oferecida pela Casa durante a formação. “Cada jovem será uma semente de transformação e agente de desenvolvimento nas suas respectivas localidades”.

Com a presença e o depoimento de antigos alunos, a exemplo de Ederlan Araújo, formado em 2013, que contou como a vivência na Cfaf transformou o seu olhar e a sua forma de enxergar a vida, os novos estudantes falaram sobre suas expectativas. “Por meio das atividades e de tudo que aconteceu neste primeiro dia, estamos começando essa nova etapa de nossas vidas com um grande incentivo. Ter conhecido melhor a realidade em que vivemos nos dá mais oportunidade de nos desenvolvermos com o próximo” afirmou o novato Eziquiel Barbosa, de Ituberá (BA).

As Casas Familiares Rurais, que fazem parte do Pacto de Governança do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), apoiado pela Fundação Odebrecht em parceria com instituições públicas e privadas nacionais e internacionais, utilizam uma metodologia diferenciada, chamada de Pedagogia da Alternância, em que os estudantes passam uma semana na unidade de ensino em período integral, com aulas na sala e no campo, e duas semanas em suas propriedades, aplicando os novos conhecimentos. Essa formação dura três anos. Em 2015, 107 novos alunos foram admitidos.

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