OCT celebra 20 anos de atuação
Organização é referência em conservação ambiental e produtiva no Baixo Sul da Bahia
14 de junho de 2021
Organização é referência em conservação ambiental e produtiva no Baixo Sul da Bahia
14 de junho de 2021
Neste mês, a Organização de Conservação da Terra (OCT) completa duas décadas de atuação. Durante estes vinte anos, a instituição, que trabalha incentivando a conservação ambiental e a conservação produtiva no Baixo Sul da Bahia, já impactou a vida de milhares de produtores rurais, jovens e famílias da região.
A organização teve sua criação inspirada a partir da concepção do PDCIS, o programa social elaborado por Norberto Odebrecht, que também criou a Fundação que leva seu nome. Joaquim Cardoso, diretor executivo da OCT, compartilha a história de quem esteve lá desde o início. “A nossa origem partiu de uma grande preocupação de dr. Norberto. Ele queria promover uma ação integral e consistente e realmente desenvolver, de forma sustentável, o Baixo Sul da Bahia, tão marcado pela degradação ambiental e a pobreza”, conta. Com a implementação do PDCIS (Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade), a OCT se tornou uma organização parceira da Fundação Norberto Odebrecht para realizar o programa.
Conceito essencial para a transformação promovida pelo PDCIS, a integração vem inspirando a atuação da OCT durante suas duas décadas de existência, focadas em assistir os produtores rurais que vivem na APA do Pratigi. “A própria Área de Preservação Ambiental em que atuamos já segue este pensamento de integralidade, pois abrange desde a área onde estão as nascentes até os vales, nos quais estão concentrados os produtores, e o estuário. É um complexo de vida que não pode ser abordado separadamente. E é esta visão do todo, completa, da qual fazemos parte. É o ‘equilíbrio dos fluxos de vida’ que buscamos alcançar nestes 20 anos”, explica Joaquim.
Até este ano, a OCT já beneficiou mais de 600 famílias, plantou mais de 320 mil árvores, recuperou cerca de 380 nascentes e apoiou o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR) de mais de mil propriedades rurais no Baixo Sul da Bahia. Uma destas famílias foi a de Valdenor Onofre e de Brazilina Souza. Depois de receberem apoio técnico para gerir sua propriedade de forma mais sustentável, o casal sentiu a diferença. “Estava tudo seco, só havia terra”, relembra Valdenor. “[Agora] temos cupuaçu, seringueira, cacau, banana e rambutão. Ainda tem a goiaba e a graviola, que tenho em pequena quantidade, mas que fazem a diferença no final do mês”.
Para Brazilina, os benefícios vão além do aumento na renda. “Entendemos que conservando nossa área, o meio ambiente ganha e nós também. Não tem nada mais bonito que ver a variedade de plantas e de frutas no nosso quintal. E ainda tem a questão da saúde, né? Até esgoto passava por aqui sem nenhum tratamento”, relata. Além do apoio técnico para a conservação ambiental e produtiva, o casal foi beneficiado com o acesso a saneamento básico depois da instalação de uma fossa séptica ecológica na propriedade pela OCT.
O trabalho feito pela Organização de Conservação da Terra a rendeu o reconhecimento como Melhor ONG Ambiental do Brasil, em 2019. Concedido pelo Instituto Doar, o prêmio foi disputado por mais de 700 Organizações da Sociedade Civil de todo o país.
E o que aguarda a OCT – e as pessoas assistidas por ela – nos próximos 20 anos? Para Bruna Sobral, coordenadora de planejamento socioambiental da organização, o futuro será de ampliação do bom trabalho feito hoje. “Que possamos seguir construindo essa consciência coletiva no campo, esse incentivo ao pequeno produtor, para que ele continue a se enxergar como alguém capaz de influenciar sua comunidade e gerar conservação”, diz ela.
Já para Joaquim Cardoso, os próximos anos trarão a expansão da atuação integrada junto a outras organizações realizadoras do PDCIS. “Todos os avanços que tivemos são e continuarão a ser fertilizados pela ação das escolas e das cooperativas da região, em contexto maior de parcerias. Carregamos a bandeira deste programa social, da atuação em conjunto na região inteira. Então mais do que celebrar estes 20 anos, queremos celebrar mais ainda todas as evoluções que ocorreram na nossa história e a visão de futuro que continuaremos a ter”. Visão que, sem dúvidas, continuará orientando a atuação da Organização de Conservação da Terra nas próximas duas (e mais) décadas.
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