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Produtor de Tancredo Neves consegue produtividade recorde de 60 t por hectare

O projeto tem como objetivo a geração de trabalho e renda para as unidades-família de pequenos e médios agricultores.

8 de abril de 2005

O projeto tem como objetivo a geração de trabalho e renda para as unidades-família de pequenos e médios agricultores.

A Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), em parceria com a Embrapa, lidera um movimento que visa transferir tecnologia, melhorar a produtividade e a qualidade da mandioca produzida na região.

Trata-se da Cadeia Produtiva da Mandioca, uma das ações do DIS Baixo Sul (Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia).

O projeto tem como objetivo a geração de trabalho e renda para as unidades-família de pequenos e médios agricultores. Este mês, a Coopatan realizou um concurso de produtividade entre seus cooperados.

O produtor Elizeu Elias de Jesus Santos, que atingiu a maior produtividade, 60 toneladas por hectare, ganhou uma moto zero, além de R$ 3 mil reais para uma associação por ele indicada. Participaram do concurso 85 produtores, sendo que 46 atingiram produtividade superior a 30 toneladas por hectare.

Antes da parceria da Coopatan com a Embrapa, realizada no ano de 2003, a produtividade média da região girava em torno de 9 toneladas por hectare. Atualmente, é de 20 toneladas por hectare, em ciclos de um ano. O concurso foi criado para estimular o produtor e identificar as variedades mais adequadas para a região e formas de cultivo mais produtivas.

De acordo com Pedro Luiz Pires de Mattos, pesquisador da Embrapa e coordenador do “Projeto de Manejos Fitotécnicos da Cultura da Mandioca”, criado dentro da cooperativa, a idéia é incentivar e demonstrar aos produtores que a adoção de tecnologias é capaz de elevar a produtividade da mandioca. Outro resultado previsto é a instalação de duas indústrias de beneficiamento, uma de farinha e a outra de fécula, que devem absorver toda a matéria-prima gerada pelas 300 famílias beneficiadas com o projeto. “A Coopatan vai financiar o plantio, garantir o treinamento teórico e prático e a assistência técnica – por meio da Embrapa -, além de se responsabilizar pelo consumo da matéria-prima produzida pelos produtores cooperados”, disse Mattos.

A indústria de farinha deve começar a operar até o final deste ano. De acordo com Mattos, devem ser processadas 100 ton de raiz ao dia para a fabricação de 30 ton de farinha de mandioca por dia. O investimento para a criação da indústria de fécula na região será de aproximadamente 5 milhões de reais. “Essa será a primeira indústria de fécula existente no Nordeste.

A Coopatan já está negociando financiamento com algumas Secretarias do Governo do Estado da Bahia, para que, no máximo em dois anos, a fábrica esteja implantada”, afirmou Mattos. Conforme informações da Coopatan, a principal meta para 2004, que era concluir o plantio de 600 hectares de mandioca, foi alcançada, tendo a respectiva colheita, de 26 ton de raiz por hectare. Integrada a Coopatan está a Unidade de Beneficiamento de Ingredientes para Ração (UBIR).

O projeto tem como base o aproveitamento das folhas de mandioca para a fabricação de uma ração vegetal, utilizadas na criação de peixes. “No momento a Embrapa está selecionando as variedades de mandioca que são capazes de produzir parte aérea sem acarretar em prejuízo as raízes”, conclui Mattos.

Programa DIS Baixo Sul O DIS Baixo Sul é resultado de uma parceria entre o Governo Federal, o Governo Estadual, a AMUBS – Associação dos Municípios do Baixo Sul da Bahia, a Fundação Odebrecht e o IDES – Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia. A iniciativa busca focar no pequeno produtor, membro de uma Unidade-Família. Organizado em cooperativas, esse produtor passa a ter acesso à tecnologia, aumentando a qualidade e a quantidade de sua produção (Setor Primário).

A etapa subseqüente é a implantação de uma indústria de beneficiamento, comprometida com os objetivos do Programa, para processar seus produtos com agregação de valor (Setor Secundário). Finalmente, articula-se o apoio de um parceiro comercial, capaz de colocar os produtos diretamente nas prateleiras dos seus supermercados, de preferência no mercado externo, remunerando-os justamente (Setor Terciário).

Além da criação de oportunidades de trabalho e geração de renda (Capital Produtivo), as ações do DIS Baixo Sul contemplam também a conservação do meio ambiente (Capital Ambiental), o fomento à educação rural de qualidade (Capital Humano) e a prática da cidadania (Capital Social). O desafio era fazer com que a região, tão rica em recursos naturais, ofereça oportunidades de melhoria de vida aos seus habitantes, a maior parte deles em situação de extrema pobreza. O Programa está em andamento nos onze municípios do Baixo Sul, por intermédio de oito organizações locais, beneficiando, atualmente, cerca de mil unidades-família.

Fonte: https://www.mandioca.org.br – em 06/04/05 – por Priscilla Perez – priperez@naturalss.com.br

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