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Projetos Educativo-Produtivos: prática no campo

Educadores explicam a importância do exercício na formação de jovens agricultores

4 de julho de 2019

Nas Casas Familiares do Baixo Sul da Bahia, é por meio dos Projetos Educativo-Produtivos (PEPs) que estudantes colocam em prática o que aprendem em sala de aula. Implantados nas propriedades dos alunos, são nos PEPs que eles recebem insumos e orientações técnicas dos educadores para iniciar seus cultivos, obter renda e reinvestir o lucro em novos ciclos produtivos.

aluna de escola rural que integra o programa social da Fundação Odebrecht
Laiane Santos, aluna da Cfaf, em seu PEP de banana-da-terra

Abarcando diversas culturas, como banana, aipim, abacaxi, hortaliças etc., os PEPs integram a metodologia da Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf), Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I) e Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) – escolas de ensino médio e técnico que fazem parte do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), criado e coordenado pela Fundação Odebrecht. 

Acompanhar o desenvolvimento dos PEPs é uma das tarefas de Josivânia Silveira, engenheira agrônoma e educadora da CFR-I. “Mensalmente, vamos até a propriedade dos jovens avaliar os projetos. Nós observamos o estado da área cultivada e deixamos orientações de como torná-la ainda mais produtiva. Procuramos também mostrar o quanto é importante a participação da família para o desempenho do jovem na agricultura. Acompanhamos se o aluno segue as orientações e o que ele aprendeu com isso”, explica Josivânia. 

Educação pelo Trabalho

De acordo com Thales Lima, zootecnista e educador da CFR-PTN, a lógica do PEP é colaborar para a formação dos discentes. “Se vão implantar uma área de banana, por exemplo, precisam estudar as melhores práticas. A cada etapa, os professores estão presentes para orientar. Avaliamos os tratos culturais, adubação, conservação da terra, custo de produção e todo o aspecto vegetativo da planta. Isso representa um amadurecimento para o estudante e faz parte do seu processo de aprendizado”, salienta.

Romildo Oliveira, engenheiro agrônomo e educador que coordena os PEPs na Cfaf, reforça que o projeto é importante para a vivência dos alunos. “É no campo, junto com a família, que eles põem em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula. Aferimos o modo como os jovens estão conduzindo e manejando seus cultivos. Precisamos entender, por exemplo, qual a produtividade da área e se o calendário de adubação está sendo seguido. É essencial que os professores estejam próximos desse trabalho, preparando-os para o futuro”, pontua.

Laiane Santos, aluna da Cfaf, é um exemplo de como essa estratégia tem dado resultado. Moradora do município de Nilo Peçanha (BA), ela tem um PEP de cacau e banana-da-terra, onde exercita o que aprende na escola. “Com meu projeto, percebi como é importante ter um planejamento antes de plantar as culturas: escolher a área, fazer análise química do solo, efetuar o plantio e realizar os tratos necessários para a saúde da plantação. Essa preparação antes da implantação é essencial para um bom retorno”, diz. 
 

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