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Representante da ONU interage com comunidade quilombola

Alta Comissária para os Direitos Humanos visitou no dia 9 de novembro a comunidade de Jatimane, município de Nilo Peçanha, e conheceu fábrica da Cooprap e sede da Cfaf

10 de novembro de 2009

No dia 9 de novembro, a Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navanethem Pillay, visitou o município baiano de Nilo Peçanha em sua primeira agenda de compromissos oficiais no Brasil. O foco estava na cultura quilombola da região, representada pela comunidade de Jatimane, situada a 26 km da sede do município e formada por 90 famílias descendentes de escravos.

A comitiva foi formada por 16 pessoas, entre diplomatas brasileiros, lideranças do movimento negro e autoridades dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Acompanharam: o Ministro Chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos; a Superintendente de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (Sepromi), Vanda Sá, e a Prefeita anfitriã, Maria das Graças de Oliveira. A recepção no município de Nilo Peçanha ficou por conta do grupo cultural Zambiapunga Mirim e contou com a presença de representantes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (Ides), Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf) e Cooperativa das Produtoras e Produtores da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Cooprap).

No Complexo Educacional Produtivo, a comitiva pôde entender a relação direta estabelecida entre os capitais produtivo e humano: na fábrica da Cooprap, conheceu o processo de beneficiamento das fibras de piaçava e a fabricação de vassouras, enquanto que na Cfaf, os jovens estudantes da Casa apresentaram a metodologia adotada pela instituição, chamada pedagogia da alternância, que mescla aulas teóricas e práticas.

Na comunidade quilombola de Jatimane, a comitiva foi recebida pelos moradores com cantorias de boas vindas. “É incrível como um povo com uma história tão sofrida ainda continua na luta e sempre com o sorriso estampado no rosto”, destacou Pillay. Antes do encontro com as lideranças locais, a representante da ONU pediu licença aos mais velhos e fez questão de ouvir as crianças da comunidade.

“A comissária levou para a comunidade a noção de que moramos em um paraíso. Muitas vezes, não valorizamos nosso patrimônio e precisamos que alguém de fora nos desperte o sentimento da riqueza natural e ambiental que temos”, reforça Pedrina Belém do Rosário, ex-aluna na Cfaf e moradora da comunidade de Jatimane.

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