Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na pesquisa “As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil – 2016”, existem no Brasil cerca de 240 mil Organizações Não-Governamentais (ONGs) atuando no país em diferentes segmentos, tais como educação, saúde, desenvolvimento econômico e equidade de gênero.

No Baixo Sul da Bahia, região de atuação da Fundação Odebrecht, os beneficiários do Programa Social da instituição, o PDCIS, são estimulados a fazer parte desse número e se engajar em organizações socioprodutivas, contribuindo para a criação de uma consciência coletiva. 

Vanilson da Conceição, ex-aluno da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), escola parceira da Fundação, exemplifica esse estímulo à mobilização social. Aos 24 anos, se tornou presidente da associação de produtores rurais da comunidade de Caeira, onde mora, no município baiano de Nilo Peçanha. “Por ser um jovem egresso da CFR-I, as pessoas da região acharam que eu tinha bagagem para encarar esse desafio e trabalhar com eles a noção de que é possível empreender no campo. Procuramos estimular a importância do associativismo”, conta.

Desde 2019, Vanilson também trabalha na CFR-I como técnico de campo e ajuda no processo de formação de outros jovens. Para ele, é fundamental poder compartilhar o tanto que aprendeu durante seus anos como aluno da escola. “Antes da Casa Familiar, eu trabalhava com meus pais, mas planejava ir para os grandes centros fazer uma faculdade. A CFR-I me mostrou como trabalhar corretamente no campo e viver bem na zona rural. Hoje, estou produzindo e tenho uma vida digna no campo. Estou sempre buscando novos conhecimentos”, afirma.